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Busca e apreensão de veículo: entenda o que significa e como evitar

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Carros que tiveram busca e apreensão de veículo
IMAGEM - bogdan vacarciuc

A busca e apreensão de veículo pode ser um grande transtorno para os seus proprietários. Afinal, além de ficar sem o bem para se locomover, ainda há a perda de tudo o que você já investiu nele. Sem contar as taxas administrativas, custos jurídicos e outras despesas relacionadas, que fazem a dívida aumentar. Também há o constrangimento público e o estresse, que são igualmente ruins.

Por tudo isso, é muito importante entender esse assunto, quando uma busca e apreensão pode ocorrer, o que fazer se acontecer e como evitar antes que aconteça. Assim sendo, hoje vamos explicar tudo isso e muito mais. Leia até o final e confira!

O que é a busca e apreensão de veículo?

A busca e apreensão de veículo é um procedimento legal utilizado principalmente em casos de inadimplência no pagamento de financiamentos de automóveis. Assim, quando um comprador não cumpre com as obrigações financeiras, como o pagamento das parcelas do financiamento, a instituição financeira pode recorrer à justiça para reaver o bem.

O processo começa com a instituição financeira entrando com uma ação judicial de busca e apreensão. Após a análise do caso, se o juiz considerar que há motivos suficientes, ele emite um mandado autorizando a apreensão do veículo. Esse mandado é então executado por um oficial de justiça, que pode contar com o apoio da polícia, se necessário.

Durante a apreensão, o proprietário do veículo é notificado e deve entregar o bem. Caso o veículo não seja encontrado, o devedor pode ser intimado a informar seu paradeiro. Após a apreensão, o veículo é levado a um pátio autorizado e, posteriormente, pode ser leiloado para quitar a dívida.

Motivos comuns para a busca e apreensão de veículos

Acima de tudo, um dos motivos mais comuns para a busca e apreensão é o atraso no pagamento das parcelas do financiamento. Como já vimos, quando o devedor deixa de cumprir com suas obrigações financeiras, o credor pode recorrer à justiça para reaver o veículo.

Outro motivo que pode levar a essa medida é a falta de pagamento de impostos e taxas obrigatórias, como o IPVA (Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores) e o licenciamento anual. A inadimplência nesses tributos pode levar à apreensão do veículo até que a situação seja regularizada.

Além disso, a utilização do veículo para atividades ilícitas ou perigosas, como corridas de rua (rachas) e manobras arriscadas, também pode resultar na apreensão. Isso porque essas práticas são consideradas infrações graves pelo Código de Trânsito Brasileiro e podem justificar a ação de busca e apreensão.

A falta de documentação, como a ausência da carteira de motorista ou do documento do veículo, também pode levar ao apreendimento, mesmo que não permanente.

Direitos do consumidor durante a busca e apreensão

Durante o processo de busca e apreensão de veículos, os consumidores possuem diversos direitos. Primeiramente, o consumidor tem o direito de receber uma notificação prévia sobre a ação de busca e apreensão. Ademais, essa notificação deve conceder um prazo razoável para que o devedor possa regularizar a dívida e evitar a perda do bem.

Além disso, o consumidor tem o direito à informação clara sobre todas as cláusulas contratuais, incluindo as consequências do inadimplemento e os procedimentos de busca e apreensão. A falta de transparência pode configurar prática abusiva, conforme previsto no Código de Defesa do Consumidor (CDC).

Outro direito importante é a possibilidade de revisão de cláusulas contratuais abusivas. O CDC permite que o consumidor questione e revise cláusulas que imponham penalidades excessivas ou condições muito desfavoráveis, como juros muito altos.

Também vale lembrar que, durante a execução da busca e apreensão, o consumidor não deve ser exposto a constrangimentos ou ameaças. Em vez disso, a ação deve ocorrer de maneira proporcional e razoável, respeitando a dignidade do devedor. Por fim, caso ocorra a apreensão efetiva, o consumidor ainda tem o direito de regularizar a dívida antes que o bem vá a leilão, pagando as parcelas em atraso e as custas do processo.

O que fazer para evitar busca e apreensão do veículo?

Para evitar a busca e apreensão de veículos, em primeiro lugar, é essencial manter as parcelas do financiamento em dia. Para isso, organize seu orçamento, e dê prioridade para o pagamento das prestações. Por outro lado, se perceber que não conseguirá pagar uma parcela, entre em contato imediatamente com a instituição financeira para negociar uma solução. Muitas vezes, é possível renegociar o contrato, ajustando as condições de pagamento às suas possibilidades antes de uma medida tão drástica.

Outra medida importante é manter todos os documentos do veículo e do financiamento em ordem. Isso inclui comprovantes de pagamento, contratos e notificações. Afinal, em caso de disputa, esses documentos serão fundamentais para comprovar o cenário.

Por fim, esteja sempre atento às notificações da instituição financeira, pois ignorar essas comunicações pode agravar a situação.

O que fazer se seu veículo for apreendido?

Se seu veículo for apreendido, antes de mais nada, entre em contato com a instituição financeira responsável pelo financiamento. Pergunte sobre o valor total da dívida, incluindo parcelas em atraso, juros e taxas administrativas. 

Em seguida, verifique se há possibilidade de renegociar a dívida. Muitas instituições financeiras estão dispostas a oferecer condições mais flexíveis para evitar a perda do bem. Um novo plano de pagamento pode ser uma solução para recuperar seu veículo, desde que esse plano realmente caiba no seu orçamento.

Da mesma forma, organize sua documentação. Reúna todos os comprovantes de pagamento, contratos e notificações recebidas.

Se a renegociação amigável não for possível, considere buscar ajuda jurídica. Um advogado especializado em direito do consumidor pode orientar sobre os seus direitos e ajudar a encontrar alternativas legais para resolver a questão.

Além disso, fique de olho no prazo para regularizar a situação antes que o veículo vá a leilão. Esse prazo varia conforme a legislação local e o contrato de financiamento. É bom lembrar que, depois do leilão, você não poderá mais reaver o bem e o perderá de forma permanente.

Finalmente, se conseguir recuperar seu veículo, evite repetir os erros que levaram à apreensão. Reorganize suas finanças, priorize o pagamento das parcelas e busque orientação financeira, se necessário.

Consequências legais da busca e apreensão

Obviamente, a perda do bem é a consequência mais imediata e visível da busca e apreensão. Já vimos que, após isso ocorrer, ele vai para um pátio da Polícia ou do Detran e, se não houver a regularização da dívida, pode ir a leilão para quitar o débito. Assim sendo, é uma perda financeira considerável, além do transtorno de ficar sem o meio de transporte.

Outra consequência importante é a inclusão do nome do devedor nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e Serasa. E essa negativação pode dificultar a obtenção de novos créditos e financiamentos, e reduzir a capacidade do devedor de realizar compras a prazo ou obter empréstimos no futuro, por exemplo.

Além disso, a busca e apreensão pode gerar custos adicionais, como taxas administrativas, honorários advocatícios e despesas judiciais. Aliás, quando o veículo vai para um pátio, começa uma cobrança diária de taxa administrativa, a qual aumenta a cada dia. Assim, esses custos aumentam o valor total da dívida, tornando ainda mais difícil a regularização da situação financeira.

O processo também pode afetar a reputação do devedor, principalmente se a apreensão ocorrer em local público ou na presença de terceiros.

Dicas para manter as parcelas do financiamento em dia

Já deu para perceber que passar por uma ação de busca e apreensão pode trazer muito transtorno e prejuízo, certo? Além disso, também já vimos que a principal causa dessa ação é a inadimplência com as parcelas do financiamento. Sendo assim, veja algumas dicas importantes para evitar toda essa dor de cabeça:

  • Planejamento financeiro: Antes de assumir um financiamento, analise suas finanças e veja se sua renda é suficiente para cobrir as parcelas sem comprometer outras despesas essenciais. Aliás, faça um orçamento detalhado para acompanhar suas receitas e despesas para ter um controle maior;
  • Reserva de emergência: Crie uma reserva financeira para imprevistos. Essa poupança pode ser uma tábua de salvação em momentos de dificuldade, como perda de emprego ou despesas inesperadas. Assim, você poderá pagar as parcelas e evitará o risco de cair na inadimplência;
  • Pagamentos automáticos: Coloque suas parcelas em débito automático, se o seu banco permitir. Isso ajuda a evitar esquecimentos e garante que os pagamentos saiam na data correta;
  • Negociação com o credor: Se enfrentar dificuldades financeiras, entre em contato com a instituição credora para negociar. Muitas vezes, é possível ajustar o valor das parcelas ou estender o prazo do financiamento. Não tenha vergonha ou medo de buscar um acordo, afinal, isso pode evitar problemas maiores;
  • Redução de despesas: Analise seus gastos e identifique áreas onde é possível economizar. Reduzir despesas supérfluas pode liberar recursos para o pagamento das parcelas;
  • Uso do FGTS: Se possível, utilize o saldo do FGTS para amortizar o financiamento. Dependendo do caso, essa prática pode reduzir o valor das parcelas ou o prazo do contrato;
  • Refinanciamento: Considere a possibilidade de refinanciar a dívida, uma vez que refinanciamentos podem oferecer condições mais favoráveis, como taxas de juros menores.

Portanto, agora que você já sabe tudo sobre busca e apreensão de veículo, coloque essas dicas em prática e evite esse grande transtorno!

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