Você já se perguntou qual é a agência espacial do Brasil? Ou seja, a “NASA brasileira”? Pois saiba que temos sim uma agência espacial, que é uma autarquia federal, ou seja, um órgão ligado a um ministério, no caso o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI).
Quer saber tudo sobre a nossa agência espacial, quais projetos ela tem desenvolvido, como trabalhar lá e muito mais? É só continuar lendo até o final, pois vamos te contar tudo.
Qual a “NASA brasileira”?
A “NASA brasileira” é a Agência Espacial Brasileira (AEB). Da mesma forma que a NASA, a AEB é responsável por coordenar e promover as atividades espaciais, só que no Brasil. Ela trabalha em projetos de satélites, foguetes e cooperações internacionais.
A AEB tem como missão desenvolver a ciência e a tecnologia espacial no país, de modo a contribuir para o progresso e a soberania nacional.
Um dos principais centros de lançamento da AEB é o Centro de Lançamento de Alcântara, localizado no Maranhão. Esse centro é estratégico devido à sua posição geográfica, que facilita o lançamento de satélites. Ademais, a AEB também colabora com outras agências espaciais, como a NASA, em projetos como o programa Artemis, que visa levar humanos de volta à Lua.
A AEB enfrenta desafios, mas continua avançando e inovando. Assim, ela é um símbolo do potencial do Brasil no setor espacial e um orgulho para o país.
Quando foi criada a AEB?
A Agência Espacial Brasileira (AEB) foi criada em 10 de fevereiro de 1994. Desde então, ela tem sido a principal responsável por coordenar e promover as atividades espaciais no Brasil. A criação da AEB marcou um grande passo para o desenvolvimento do programa espacial brasileiro, pois centralizou o comando e a gestão das iniciativas espaciais do país.
Como vimos, a AEB é uma autarquia vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. Isso significa que ela possui certa autonomia para gerir seus próprios recursos e projetos. Desde sua criação, a AEB tem trabalhado em diversos projetos importantes, como o desenvolvimento de satélites e foguetes, além de colaborar com outras agências espaciais internacionais.
Quais são os principais projetos da AEB atualmente?
Atualmente, a Agência Espacial Brasileira (AEB) está envolvida em vários projetos importantes. Um dos principais é o desenvolvimento do satélite Amazônia-1 , que monitora o desmatamento na Amazônia e ajuda na gestão de recursos naturais.
Outro projeto significativo é o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), que visa lançar pequenos satélites em órbita.
A AEB também está trabalhando no Programa de Satélites Sino-Brasileiros de Recursos Terrestres (CBERS), em parceria com a China, para fornecer imagens de alta resolução para diversas aplicações, como agricultura e monitoramento ambiental. Além disso, a agência está envolvida no desenvolvimento do Centro Espacial de Alcântara, que será um dos principais centros de lançamento de foguetes do Brasil.
Quais são os principais satélites lançados pela agência espacial do Brasil?
A Agência Espacial Brasileira (AEB) tem lançado vários satélites importantes ao longo dos anos. Um dos primeiros foi o SCD–1, lançado em 1993, que ainda está em operação e coleta dados ambientais. Da mesma forma, o SCD-2, lançado em 1998, também coleta dados ambientais e ajuda a monitorar recursos naturais.
Outro projeto importante é o CBERS, uma parceria com a China da qual já falamos. O CBERS-1 foi lançado em 1999 e ajudou a popularizar o sensoriamento remoto no Brasil. O CBERS-2, lançado em 2003, continuou esse trabalho e produziu milhares de imagens orbitais. Já o CBERS-2B, lançado em 2007, operou junto com o CBERS-2 e também foi fundamental para o monitoramento ambiental.
Mais recentemente, o Amazônia-1, lançado em 2021, é o primeiro satélite de observação da Terra completamente projetado, integrado, testado e operado pelo Brasil. Ele monitora o desmatamento na Amazônia e ajuda na gestão de recursos naturais.
Como a AEB colabora com outras agências espaciais internacionais?
A Agência Espacial Brasileira (AEB) colabora com várias agências espaciais internacionais para promover o desenvolvimento científico e tecnológico. A agência tem acordos com países como Estados Unidos, China, Índia, Japão e membros da Agência Espacial Europeia (ESA).
Essas parcerias ajudam a AEB a enfrentar desafios e a compartilhar os custos e riscos dos projetos espaciais. Por exemplo, o Brasil colabora com a China no Programa CBERS, que desenvolve satélites de sensoriamento remoto. Além disso, a AEB participa de fóruns internacionais, como o World Space Forum, onde discute sustentabilidade espacial e gestão de detritos.
Ademais, a AEB também trabalha em parceria com organizações internacionais, como o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Espaciais (UNOOSA), para fortalecer o setor espacial brasileiro.
Todas essas parcerias fornecem assistência técnica e recursos para pesquisas, treinamentos e desenvolvimento de materiais educacionais.
Quais são os principais centros de pesquisa e desenvolvimento da AEB?
A Agência Espacial Brasileira (AEB) conta com vários centros de pesquisa e desenvolvimento, todos eles essenciais para o avanço do programa espacial brasileiro. Um dos principais é o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que realiza pesquisas em áreas como meteorologia, sensoriamento remoto e engenharia espacial. O INPE é responsável pelo desenvolvimento de satélites e pela coleta de dados ambientais.
Outro centro importante é o Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA), que faz parte do Comando da Aeronáutica. Dessa maneira, o DCTA trabalha no desenvolvimento de tecnologias aeroespaciais e na formação de recursos humanos especializados. Ele também é responsável por projetos de foguetes e veículos lançadores.
Além desses, a AEB também colabora com diversas universidades e institutos de pesquisa em todo o Brasil.
Quais são os futuros projetos e missões da AEB?
A Agência Espacial Brasileira (AEB) tem vários projetos e missões futuras interessantes. Um dos principais é o desenvolvimento do satélite Amazônia-2, que dará continuidade ao monitoramento ambiental e ao combate ao desmatamento na Amazônia. Outro projeto importante é o Veículo Lançador de Microssatélites (VLM), que visa lançar pequenos satélites em órbita.
A AEB também está envolvida no Programa Artemis, em parceria com a NASA, que pretende levar humanos de volta à Lua. Aliás, a parte do Brasil consiste no desenvolvimento de pequenos equipamentos robóticos para a exploração lunar. Além disso, a AEB está trabalhando no fortalecimento do Centro Espacial de Alcântara, que será um dos principais centros de lançamento de foguetes do Brasil.
Como a AEB contribui para a segurança nacional?
A Agência Espacial Brasileira (AEB) colabora com o Comando da Aeronáutica (COMAER) para regulamentar e realizar lançamentos comerciais de foguetes no Brasil. Essa parceria fortalece a defesa nacional, uma vez que combina esforços civis e militares.
A AEB também desenvolve satélites que monitoram o território brasileiro, para ajudar na vigilância de fronteiras e na prevenção de desastres naturais. Basicamente, esses satélites fornecem dados essenciais para a segurança pública e a gestão de crises.
Lembrando também que a AEB participa de fóruns internacionais, sempre focando na bandeira do uso pacífico do espaço e da cooperação global. E isso contribui para a segurança nacional, já que garante que o Brasil esteja alinhado com as melhores práticas e tecnologias espaciais.
É verdade que o Brasil foi banido da NASA?
Na verdade, o Brasil não foi banido da NASA, mas sim foi removido do projeto da Estação Espacial Internacional (ISS) em 2007. A princípio, o Brasil entrou no projeto em 1996, com a responsabilidade de fornecer 6 componentes para a construção da ISS. No entanto, problemas financeiros e logísticos impediram o país de cumprir essas promessas.
A produção das peças era cara, e o Governo brasileiro não liberou todo o orçamento necessário. Em vez de comunicar isso à NASA, o Brasil tentou adiar a entrega dos itens o máximo possível. Quando ficou claro que o Brasil não conseguiria cumprir suas obrigações, a NASA decidiu buscar outros fornecedores e remover o Brasil do projeto.
É claro que isso foi um revés para o setor tecnológico espacial brasileiro, mas nossos projetos próprios têm sido muito bem sucedidos.
Quantos brasileiros trabalham na NASA atualmente?
Atualmente, dezenas de brasileiros trabalham na maior e mais famosa agência espacial do planeta. Aliás, muitos brasileiros fizeram história trabalhando na NASA, como:
- Marcos Pontes: O primeiro astronauta brasileiro a ir ao espaço, ele participou da missão Soyuz TMA-8 em 2006 e passou uma semana na Estação Espacial Internacional (ISS);
- Rosaly Lopes: Cientista planetária que trabalha no Jet Propulsion Laboratory (JPL) da NASA. Ela é especialista em vulcanologia e participou de várias missões, incluindo a missão Galileo para Júpiter;
- Ivair Gontijo: Engenheiro que trabalhou no desenvolvimento do rover Curiosity, que atualmente explora Marte. Ele também participou de várias outras missões importantes da NASA;
- Thyrso Villela: Cientista que trabalhou em projetos de astrofísica e instrumentação espacial na NASA. Ele também foi diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).
Como trabalhar na agência espacial do Brasil?
Para trabalhar na Agência Espacial Brasileira (AEB), você precisa ficar de olho nos concursos públicos e processos seletivos. Isso porque a AEB costuma abrir vagas para diferentes áreas, como ciência, tecnologia e engenharia. Assim, essas oportunidades são divulgadas no site oficial da agência e em portais de concursos.
Os concursos públicos geralmente exigem nível superior e incluem provas objetivas e discursivas, além de avaliação de títulos. As vagas podem ser para cargos como analista em ciência e tecnologia ou tecnologista. Já as lotações podem ocorrer em Brasília, Alcântara, Natal e São José dos Campos.
Além dos concursos, a AEB também realiza processos seletivos para contratação de consultores e especialistas em projetos específicos. Essas oportunidades também são divulgadas no site da agência e podem incluir áreas como agricultura espacial, segurança e tecnologia da informação.
De qualquer forma, ficar atento às publicações oficiais e se preparar bem para as provas são passos importantes para quem deseja ingressar na AEB.
Concurso da AEB
O último edital da Agência Espacial Brasileira (AEB) foi anunciado em 30 de dezembro de 2024. Assim, o edital oferece 30 vagas para cargos de nível superior, sendo 15 para Analista em Ciência e Tecnologia e 15 para Tecnologista. Os salários iniciais variam de R$ 6.662,68 a R$ 10.823,89, dependendo da titulação.
As inscrições começaram em 29 de janeiro de 2025 e vão até 19 de fevereiro de 2025. Os candidatos interessados precisaram se inscrever no site da banca organizadora, Cebraspe, e pagar uma taxa de inscrição de R$ 100,00. As provas devem ocorrer em 13 de abril de 2025.
O concurso teve autorização do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), tendo como objetivo reforçar a atuação da AEB no desenvolvimento do Programa Espacial Brasileiro. As vagas são para cargos de lotação em Brasília, Alcântara, Natal e São José dos Campos.
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