No artigo diversificar riscos de investimento falamos dos ETF (Exchange Traded Found) como forma de diversificar o risco de investimento, e como recebemos algumas questões sobre este tema, resolvemos explicar melhor o que é o Exchange Traded Found e quais as diferenças entre os ETF e os investimentos normais, através desta matéria.
O que é a Exchange Traded Found – ETF
A ETF é uma unidade negociável que existe na bolsa de valores, e funciona tal como uma ação, mas sem o ser. Ou seja, é uma cota de um fundo de investimento.
Estas cotas que surgiram por volta do ano 1990 na Bolsa de Toronto são hoje uma das maiores classes de ativos existentes da indústria de investimentos mundial, sendo negociados em quase todos os mercados internacionais. No início a Exchange Traded Found se limitava a replicar o índice de ações de um único mercado, no entanto com o desenvolvimento da indústria e com a ligação cada vez mais estreita entre mercados, as ETF’s começaram a ser replicadas com índices de diversos Países ou ações.
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Índice Beta – o que é e para que serve?
É muito usual que existam ETF’s de índices de commodities ou commodities isoladas (por exemplo petróleo, ouro, diamantes…) e de índices de renda fixa (caderneta bancária, debêntures…).
Contrariamente ao que acontece nos fundos tradicionais, os ETF’s podem ter emissão ou destruição de cotas de acordo com a demanda que tenham. As montagens e desmontagens dos mesmos é feita por corretoras ou instituições financeiras credenciadas (são os administradores de cada produto que credenciam as instituições que os podem representar). As unidades resultantes destas ações podem ser trocadas de acordo com 2 modelos diferentes:
- Modelo In-kind – As unidades são trocadas por cestas de ativos (ou seja diversas carteiras de ativos)
- Modelo de cash creation – As unidades são trocadas diretamente por dinheiro.
Quanto a sua composição, os ETFs podem ter em sua carteira os ativos que compõem os índices que replicam (modelo existente no Brasil e comum no mercado americano) ou derivativos como futuros e swaps (conhecidos como sintéticos e comuns nos mercados europeus).
Exchange Traded Found no mercado brasileiro
No Brasil, os ETF’s são designados de fundos de índice e são regulamentados pela instrução 359 da CVM (Comissão de Valores Mobiliários) desde 2002. Neste momento, a legislação Brasileira apenas permite a criação de ETF’s de ações, obrigando os mesmos as terem pelo menos 95% do seu patrimônio investido em ativos de renda variável ou contratos de futuros através do índice de referências.
É importante também salientar que no mercado Brasileiro apenas é utilizado o modelo in-kind. Existem ainda no mercado brasileiro outros 16 ETFs, todos referenciados a índices da BM&F Bovespa, como o Ibovespa, o IDIV – Índice de Dividendos, o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial e vários índices setoriais.
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