A música, ao longo dos anos, vem fazendo parte da vida das pessoas. Todos estão sempre envolvidos com suas canções preferidas, seja para fazer as tarefas ou relaxar em algum lugar. Cada composição trás consigo instrumentos musicais que fazem a melodia conquistar muitos fãs. Uma delas é a Gaita de Fole.
Por isso, os instrumentos estão cada vez mais diversificados, dando uma sonoridade mais sofisticada e distinta. Assim, é comum verificarmos diferentes aparelhos de outras origens, usados nas composições. Dessa forma, hoje vamos falar sobre um instrumento que agradam muitos e possui uma melodia incomparável, a Gaita de Fole.
História sobre a Gaita de Fole:
A Gaita de Fole é um instrumento da família dos aerofones, composto por ao menos um tubo melódico e de um insuflador mediado por uma válvula, ambos ligados a uma bolsa de ar.
Não se sabe ao certo a origem deste instrumento, no entanto, é aceito por muitos que sua gênese tenha se dado no Mediterrâneo ou Oriente, devido à quantidade de matéria-prima encontrada no local e onde a Gaita se proliferou em diversidade. Apesar das divergências, alguns pesquisadores acreditam que o Império Romano tenha disseminado o instrumento pela Europa, já que alguns registros mostravam um aerofone usado pelos soldados durante os momentos de lazer. Contudo, outros historiadores defendem que povos antigos comercializam este instrumento entre si, havendo grande mistura cultural antes da era romana.
O certo é que a gaita de fole foi datada a partir da idade média através de figuras e textos encontrados da época, possuindo uma forte propriedade sonora que agradavam a população. Porém, só no período Barroco, a gaita de fole passou a se modernizar, sendo desenvolvida de forma mais sofisticada, atingindo locais como a França e a Alemanha. Posteriormente, alcançou a Inglaterra e, mais tarde, a Irlanda, onde foi adaptada à estética do local.
Justamente nessa época, o instrumento sofreu um declínio, devido aos instrumentos metais que chegavam naquele período, criando uma severa competição entre os estilos. Foi no século XX que o gosto pela gaita de fole foi retomado e, até nos dias atuais, podemos encontrá-la sendo tocada por diversos músicos.
O instrumento e a religião:
A gaita de fole esteve ligada à religião. Alguns registros ao longo dos séculos mostram o instrumento sendo usado em cultos, festividades e peregrinações. Além disso, alguns textos bíblicos fazem referência à gaita. Algumas igrejas da Europa, em diferentes períodos, apresentavam imagens e pinturas de anjos tocando gaita de fole, em parte por iniciativa dos próprios artesãos.
Categorias da morfologia do instrumento:
Existem três categorias relativas à morfologia do ponteiro (parte onde o tocador coloca os dedos).
1- Ponteiro cônico:
Esta categoria permite um potente som, devido a sua palheta dupla. Ao tocar este tipo de ponteiro, o instrumentista costumar usar o modo aberto ou semifechado. São instrumentos típicos da Espanha e alguns modelos são insuflados através do assopre.
2- Ponteiro cilíndrico:
As gaitas com este tipo de ponteiro passaram a se tornar mais populares no período Barroco, por serem ótimo instrumentos de câmara. Elas geralmente possuem um som mais suave. Apesar de a maioria ser constituída por palheta simples, há alguns modelos com palhetas duplas e podem ser tocadas de modo aberto, semifechado ou fechado. Grande parte é insuflada por um fole mecânico.
Gaita de ar quente e gaita de ar frio:
Além das diferenças morfológicas dos ponteiros, também há uma distinção entre as gaitas de ar quente e as gaitas de ar frio. As gaitas de fole que são insufladas por meio de um assoprete são chamadas de ar quente, pois necessitam do folego do músico. Já as gaitas insufladas por um fole mecânico chamado de barquim são instrumentos de ar frio. Apesar das diferenças encontradas entre esses tipos, a distinção sonora é quase imperceptível.
A maior distinção está entre o material usado na composição dos tipos de gaitas, ou seja, o torneamento da cantadeira e as palhetas.
A gaita de fole é um instrumento que possui uma propriedade sonora forte e bonita que agrada a todos que escutam, seja em recitais, shows ou outros eventos que fazem deste instrumento um objeto de admiração e apreciação.
