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Concurso para procurador: guia completo de como estudar

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Imagem de um procurador representando Concurso para procurador
IMAGEM - Freepik

Passar em um concurso para procurador pode ser a porta de entrada para uma carreira promissora, estável e bem remunerada. Sem contar que esse é um cargo de muito prestígio, com um caráter social forte. Portanto, também pode trazer bastante satisfação pessoal.

No entanto, também é uma área muito concorrida e com etapas complexas em seu processo seletivo, devido à responsabilidade do cargo. Assim sendo, se preparar para passar em um concurso desses requer muita dedicação e estratégia.

A dedicação é por conta do concurseiro, mas na estratégia podemos te ajudar! Hoje trouxemos um guia completo sobre como estudar para passar em um concurso para procurador. Então, leia até o final com muita atenção e saia na frente dos concorrentes na disputa por uma vaga!

O que faz um procurador?

Um procurador é um profissional do Direito que atua na defesa dos interesses do ente público ao qual está vinculado, seja ele municipal, estadual ou federal. Basicamente, sua principal função é representar judicial e extrajudicialmente o governo, garantindo que as ações e decisões administrativas estejam em conformidade com a legislação vigente.

No âmbito judicial, o procurador é responsável por elaborar peças processuais, como petições iniciais, contestações e recursos, além de participar de audiências e sustentações orais. Ele também pode atuar em processos importantes, como ações civis públicas e ações diretas de inconstitucionalidade.

Extrajudicialmente, o procurador presta consultoria e assessoria jurídica aos órgãos da administração pública, emitindo pareceres e orientações sobre a legalidade de atos administrativos. Ele também participa de negociações e elabora contratos e convênios, sempre buscando a melhor solução jurídica para o ente público.

Além disso, o procurador atua na fiscalização e controle da legalidade dos atos administrativos, agindo de modo a prevenir e corrigir irregularidades. Esse cargo é realmente muito importante para o bom funcionamento da máquina pública, principalmente no combate à corrupção e improbidade administrativa.

Quais são as diferenças entre procuradorias estadual, municipal e federal?

As procuradorias estadual, municipal e federal têm funções semelhantes, mas atuam em diferentes esferas de governo e com competências específicas. Veja a seguir mais detalhes sobre cada uma delas.

Procuradoria federal

Representa judicial e extrajudicialmente a União e suas autarquias e fundações. Dessa maneira, os procuradores federais defendem os interesses de órgãos como o INSS, IBAMA e agências reguladoras, além de prestar consultoria jurídica à administração pública federal.

Procuradoria estadual

Atua na defesa dos interesses dos estados. Os procuradores estaduais representam o governo estadual em processos judiciais e administrativos, além de prestar consultoria jurídica aos órgãos estaduais.

Eles lidam com questões como a defesa do patrimônio público estadual e a legalidade dos atos administrativos dos governadores, principalmente.

Procuradoria municipal

Por fim, a procuradoria municipal representa os municípios em questões judiciais e extrajudiciais.

A grosso modo, os procuradores municipais prestam consultoria jurídica à administração municipal, elaboram pareceres e defendem os interesses do município em processos judiciais. Eles também supervisionam a legalidade dos atos administrativos das prefeituras e seus entes vinculados.

Como escolher o concurso para procurador ideal para você?

Para escolher o concurso de procurador ideal para você, primeiramente, é útil conhecer as especificidades do concurso, como salários dos cargos a serem disputados, carga horária de trabalho, banca organizadora, grau de dificuldade e concorrência, etc.

A jornada de trabalho dos procuradores varia conforme a esfera de atuação. Procuradores municipais geralmente têm uma carga horária de 20 a 40 horas semanais, dependendo do município. Já os procuradores estaduais e federais costumam trabalhar 40 horas por semana, com algumas variações conforme o órgão e a legislação local.

Em termos de remuneração, há diferenças bem grandes. Procuradores municipais têm salários que giram em torno de R$ 17 mil, segundo o site Glassdoor, com uma média de aproximadamente R$ 9,5 mil. Procuradores estaduais, por sua vez, podem ganhar por volta de R$ 30 mil, segundo o mesmo site, dependendo do estado e do tempo de serviço. Já os procuradores federais têm médias salários que chegam a R$ 39.566, dependendo do tempo de cargo e da experiência.

Além do salário, é importante considerar outros benefícios, como estabilidade, plano de carreira e adicionais por tempo de serviço. Pesquisar sobre a estrutura e os benefícios oferecidos pelo órgão pode ajudar a se decidir. Ademais, conversar com profissionais da área também pode fornecer insights sobre o dia a dia da profissão e ajudar a esclarecer dúvidas.

Quais são as principais bancas organizadoras de concurso para procurador e suas características?

As principais bancas organizadoras de concursos no Brasil são conhecidas por suas características específicas e estilos de prova. A Fundação Carlos Chagas (FCC) e a Fundação Getúlio Vargas (FGV) têm como marca registrada as provas mais teóricas, focando em doutrina e jurisprudência. Já o Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção e de Promoção de Eventos (Cebraspe), antigo CESPE, tende a aplicar questões mais práticas e interdisciplinares, exigindo uma compreensão aplicada do Direito.

Veja mais detalhes sobre essas e outras instituições que são “figurinhas carimbadas” na organização de concursos para procurador.

Cebraspe (antigo Cespe)

Conhecida por suas provas de certo e errado, onde um erro anula um acerto. Essa banca é famosa por questões que exigem um alto nível de conhecimento técnico e interpretação. Recentemente, organizou concursos como o da Procuradoria-Geral do Estado do Paraná (PGE-PR), em 2024, e da Procuradoria-Geral do Distrito Federal (PGDF), em 2022.

Fundação Carlos Chagas (FCC)

Destaca-se pela organização e transparência. Suas provas são bem elaboradas, com questões que cobram a “letra da lei” e interpretação de textos. A FCC organizou concursos para a Procuradoria-Geral do Estado do Amazonas (PGE-AM), em 2022, e Procuradoria-Geral do Estado de Goiás (PGE-GO), em 2024.

Fundação Getúlio Vargas (FGV)

Conhecida por exigir uma grande capacidade de interpretação e raciocínio lógico. Suas provas costumam ter questões complexas e até cansativas. A FGV foi responsável por concursos como o da Procuradoria-Geral do Estado de Minas Gerais (PGE-MG), em 2022, e da Procuradoria-Geral do Estado de Santa Catarina (PGE-SC), também em 2022.

Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista)

Reconhecida pela clareza e objetividade de suas provas, com foco em questões diretas e práticas. Recentemente, organizou o concurso para a Procuradoria-Geral do Estado de São Paulo (PGE-SP), em 2024.

Fundatec (Fundação Universidade Empresa de Tecnologia e Ciências)

É uma banca não tão “badalada” quanto as outras que citamos, mas tem se destacado pela organização de concursos municipais, com provas bem estruturadas e de nível médio a alto.

Recentemente, organizou o concurso para Procurador Municipal de Porto Alegre, em 2022. Assim, se seu foco for participar de concurso para procurador municipal, essa é uma banca para se ficar de olho.

Quais são as matérias mais comuns nos concursos de procurador?

Os concursos para procurador geralmente cobram um conjunto de matérias essenciais que são fundamentais para a atuação na advocacia pública. Entre as disciplinas mais comuns, podemos destacar:

  • Direito Constitucional: Essencial para entender a estrutura e os princípios fundamentais do Estado. Aliás, é uma das matérias mais cobradas, com grande peso nas provas objetivas e subjetivas;
  • Direito Administrativo: Foca na organização e funcionamento da administração pública, incluindo atos administrativos, licitações e contratos. É muito importante para a atuação diária dos procuradores;
  • Direito Tributário: Trata das normas que regulam a arrecadação de tributos e a fiscalização tributária. É muito cobrado devido à importância da arrecadação para o ente público;
  • Direito Processual Civil: Aborda as normas que regem o processo judicial civil, incluindo procedimentos e recursos. Portanto, é vital para a atuação em processos judiciais;
  • Direito Financeiro: Relacionado à gestão financeira do Estado, incluindo orçamento público e despesas. Assim sendo, uma matéria cujo domínio é determinante para quando os procuradores atuam como consultores;
  • Direito Civil: Inclui obrigações, contratos, direitos reais e família. É importante para a atuação em diversas áreas do direito público;
  • Direito Ambiental: Cada vez mais presente, devido à crescente importância das questões ambientais na administração pública.

Além dessas, outras disciplinas podem ser cobradas dependendo do órgão e da banca organizadora, como Direito Penal, Direito Processual Penal, Direito do Trabalho e Direito Processual do Trabalho. Porém, se você deseja começar a estudar para um concurso de procurador antes mesmo do edital sair, formando uma base de conhecimento, 4 matérias são fundamentais:

  • Direito Constitucional;
  • Direito Administrativo;
  • Direito Tributário;
  • Direito Processual Civil.

Como se preparar para as questões de Direito Constitucional?

Para se preparar para as questões de Direito Constitucional, comece pelo estudo da Constituição Federal de 1988, que é a base de todas as questões. Leia e releia os artigos, principalmente os que tratam:

  • dos direitos e garantias fundamentais (artigos 5º ao 17);
  • da organização dos poderes (artigos 44 ao 135);
  • da administração pública (artigos 37 ao 41).

Esses tópicos são muito cobrados em provas. Além da leitura da Constituição, é importante estudar a doutrina. Nesse sentido, autores renomados como Alexandre de Moraes, José Afonso da Silva e Pedro Lenza oferecem uma visão profunda e crítica dos temas constitucionais. Então, uma dica importante é utilizar esses materiais para entender melhor os conceitos e as interpretações mais aceitas.

A jurisprudência dos tribunais superiores, principalmente do Supremo Tribunal Federal (STF), também é essencial. Isso porque muitas questões de concursos são baseadas em decisões recentes do STF, por isso, mantenha-se atualizado com os informativos e julgados mais importantes.

Além da leitura da teoria, a prática também é muito importante. Resolva muitas questões de provas anteriores, focando nas bancas organizadoras do seu concurso. Como vimos, as bancas têm estilos diferentes, e familiarizar-se com o tipo de questão que cada uma cobra pode fazer a diferença.

Por fim, organize um plano de estudos que inclua revisões periódicas. Revisar o conteúdo regularmente ajuda a fixar o conhecimento e identificar pontos que precisam de mais atenção, como veremos adiante com mais detalhes.

O que estudar em Direito Administrativo para concursos de procurador?

Para se preparar para as questões de Direito Administrativo em concursos de procurador, o ideal é focar em alguns tópicos chave. Comece pelos princípios do Direito Administrativo, como legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Esses princípios sempre são cobrados e formam a base para a compreensão de outros temas.

Estude também os atos administrativos, incluindo seus elementos, atributos, espécies e formas de extinção. Compreender como os atos administrativos são formados e como podem ser anulados ou revogados é de fundamental importância para a atuação prática.

Outro tópico importante é a organização administrativa, que abrange a administração direta e indireta, autarquias, fundações, empresas públicas e sociedades de economia mista.

Os poderes administrativos (poder hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia) e os deveres da administração pública também são temas recorrentes. Afinal, entender como esses poderes são exercidos e quais são os limites legais é essencial para a defesa dos interesses públicos.

Além disso, estude a responsabilidade civil do Estado, que trata das situações em que o Estado deve indenizar por danos causados por seus agentes. Este é um tema muito abordado em provas e de grande relevância prática.

Ademais, familiarize-se com as licitações e contratos administrativos, incluindo a Lei n.º 8.666/1993 e a nova Lei de Licitações (Lei n.º 14.133/2021). Esses tópicos são fundamentais para a atuação consultiva e contenciosa de um procurador.

Quais são os tópicos essenciais de Direito Tributário?

Para se preparar para as questões de Direito Tributário em concursos de procurador, comece pelo básico, digamos assim. Veja os principais pontos por onde você deve começar:

  • Conceito de tributo: Entender o que é tributo, suas características e a diferença entre impostos, taxas e contribuições de melhoria é fundamental. O Código Tributário Nacional (CTN) é a principal fonte para esse estudo;
  • Espécies tributárias: Estude as diferentes espécies de tributos, como impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições especiais e empréstimos compulsórios. Cada uma tem suas peculiaridades e formas de incidência;
  • Princípios do direito tributário: Os princípios da legalidade, anterioridade, irretroatividade, capacidade contributiva, não-confisco e isonomia sempre aparecem nas provas, pois garantem a justiça e a equidade na tributação;
  • Competência tributária: Compreender a distribuição de competências tributárias entre União, Estados, Distrito Federal e Municípios é essencial. Isso inclui saber quais tributos cada ente federativo pode instituir e cobrar;
  • Impostos principais: Estude os principais impostos, como ICMS, ISS, IRPF, IPI e IPVA. Conheça suas bases de cálculo, alíquotas e fatos geradores;
  • Regras de incidência tributária: Entenda as regras que determinam quando e como os tributos incidem sobre fatos geradores específicos;
  • Isenção tributária: Saiba o que é isenção, como ela é concedida e quais são as principais hipóteses de isenção previstas na legislação.
  • Ações tributárias antiexacionais: Estude as ações que visam combater a exigência de tributos indevidos, como mandado de segurança, ação anulatória e repetição de indébito;
  • Procedimentos administrativos fiscais: Conheça os procedimentos administrativos para a cobrança de tributos, incluindo lançamento, notificação, defesa e recursos administrativos;
  • Tributação aduaneira: Entenda as regras específicas que regulam a tributação de mercadorias importadas e exportadas.

Como estudar Direito Processual Civil para concursos para procurador?

Já para estudar Direito Processual Civil, formar uma base com os seus princípios também é uma boa estratégia:

  • Leitura da Lei Seca: Comece pelo Código de Processo Civil (CPC). A leitura atenta dos artigos é fundamental, com atenção especial nos que tratam de princípios processuais, competência, partes e procuradores, atos processuais, tutela provisória, e recursos. A leitura da lei seca ajuda a fixar os conceitos básicos e também é muito cobrada nas provas;
  • Doutrina: Utilize livros de autores renomados como Fredie Didier Jr., Nelson Nery Jr., e Humberto Theodoro Júnior. A doutrina oferece uma compreensão aprofundada e crítica dos temas processuais, além de abordar interpretações e debates doutrinários que podem ser úteis para questões discursivas;
  • Jurisprudência: Estude as decisões dos tribunais superiores, em especial do Superior Tribunal de Justiça (STJ). Muitas questões de concursos se baseiam em entendimentos consolidados na jurisprudência. Então, mantenha-se atualizado com os informativos e súmulas do STJ;

Vale lembrar que pode ser interessante considerar assistir a aulas online ou presenciais de cursos preparatórios especializados nessas matérias. Afinal, professores experientes podem oferecer dicas valiosas e esclarecer dúvidas complexas.

Realize também simulados para testar seus conhecimentos e se acostumar com o formato das provas, o que também ajuda a gerenciar o tempo durante a prova real.

Como montar um plano de estudos eficiente?

Montar um plano de estudos eficiente é determinante para o sucesso em concursos de procurador. Para montar esse plano, existem duas abordagens principais: cronograma de estudos e ciclo de estudos. Veja a seguir mais detalhes sobre as duas metodologias.

Cronograma de estudos

Este método tem a ver com a criação de um calendário detalhado, especificando o que estudar em cada dia e horário. A vantagem é a organização e a clareza sobre o que você deve fazer diariamente. No entanto, pode ser rígido e difícil de seguir se surgirem imprevistos.

Assim sendo, é mais indicado para quem tem uma rotina estável e consegue seguir horários fixos.

Ciclo de estudos

Por sua vez, essa abordagem é mais flexível e envolve a alternância de matérias em ciclos, sem a necessidade de seguir um horário fixo. A vantagem é a adaptabilidade, que permite ajustes conforme a necessidade. A desvantagem é a falta de uma estrutura diária fixa, o que pode ser desafiador para quem precisa de mais disciplina.

Portanto, pode ser mais interessante para quem tem uma rotina variável ou prefere mais flexibilidade.

Como vimos, para um concurso de procurador, um plano de estudos eficiente deve incluir as matérias mais importantes, como Direito Constitucional, Direito Administrativo, Direito Tributário, Direito Processual Civil e Direito Financeiro. Com isso em mente, veja como ficariam planos de estudos baseados nas duas metodologias.

Exemplo de cronograma:

  • Segunda-feira: Direito Constitucional (2h), Direito Administrativo (2h);
  • Terça-feira: Direito Tributário (2h), Direito Processual Civil (2h);
  • Quarta-feira: Direito Financeiro (2h), Revisão de Direito Constitucional (2h).

Exemplo de ciclo de estudos:

  • Ciclo 1: Direito Constitucional (2h), Direito Administrativo (2h);
  • Ciclo 2: Direito Tributário (2h), Direito Processual Civil (2h);
  • Ciclo 3: Direito Financeiro (2h), Revisão de todas as matérias (2h) e começa tudo de novo.

Quais são as melhores fontes de estudo para concursos para procurador?

Para se preparar da melhor forma possível para concursos de procurador, é preciso utilizar fontes de estudo confiáveis e eficientes. Sendo assim, veja algumas das melhores opções:

  • Livros de doutrina: Obras de autores como Alexandre de Moraes, José Afonso da Silva e Hely Lopes Meirelles são fundamentais para o estudo de Direito Constitucional e Administrativo. Esses livros oferecem uma boa base teórica e até são frequentemente citados em provas;
  • Legislação: A leitura da legislação seca, principalmente o Código de Processo Civil (CPC), o Código Tributário Nacional (CTN) e a Constituição Federal, é indispensável. Por outro lado, manter-se atualizado com as mudanças legislativas é igualmente importante;
  • Jurisprudência: Estudar as decisões dos tribunais superiores, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Superior Tribunal de Justiça (STJ), é essencial. Vale lembra que muitos concursos cobram o entendimento consolidado na jurisprudência. Então, utilize informativos e súmulas para se manter atualizado;
  • Cursos preparatórios: Plataformas como Estratégia Concursos e CERS oferecem cursos específicos para concursos de procurador. Esses cursos incluem videoaulas, materiais de apoio e questões comentadas, o que facilita a compreensão dos temas;
  • Questões de provas anteriores: Resolver questões de concursos anteriores é uma das melhores formas de se preparar. Sites como QConcursos e TecConcursos disponibilizam bancos de questões que ajudam a familiarizar-se com o estilo das bancas organizadoras;
  • Grupos de estudo e fóruns: Participar de grupos de estudo e fóruns online pode ser muito interessante. Afinal, trocar experiências e materiais com outros concurseiros pode enriquecer sua preparação.

Quais são as etapas do concurso para procurador?

Os concursos para procurador geralmente seguem um formato padrão, com algumas variações dependendo do órgão e da banca organizadora.

As etapas típicas incluem as seguintes:

Prova objetiva

Consiste em questões de múltipla escolha sobre matérias como Direito Constitucional, Administrativo, Tributário, Processual Civil, entre outras. Por exemplo, no concurso para procurador da cidade de São Paulo (PGM SP), de 2023, a prova objetiva teve 100 questões, com nota de corte de 50%. Ou seja, quem não acertou pelo menos 50 questões, foi automaticamente eliminado da disputa.

Prova discursiva

Envolve a redação de peças processuais, pareceres ou respostas a questões teóricas. Tomando como exemplo também o PGM SP de 2023, a prova discursiva valeu 100 pontos, sendo dividida em 2 partes, sendo a primeira composta por:

  • Redação de um parecer ou dissertação de conhecimento específico, de até 90 linhas, valendo 30 pontos;
  • 5 questões discursivas de até 10 linhas cada uma, valendo 4 pontos cada.

Já a segunda parte da prova discursiva para o PGM SP 2023 consistiu em:

  • Elaboração de uma peça processual de até 120 linhas, valendo 30 pontos;
  • 5 questões discursivas de até 10 linhas cada, valendo 4 pontos cada uma.

Prova oral

Avalia a capacidade de expressão e o conhecimento jurídico do candidato. No último concurso para Procurador da República, em 2022, houve a aplicação dessa etapa, que incluiu perguntas sobre temas variados do Direito, com caráter eliminatório.

Outras etapas do concurso para procurador

Além das etapas objetivas e subjetivas, há outras, dependendo do edital. A avaliação de títulos, por exemplo, que considera a formação acadêmica, experiência profissional e publicações do candidato. Essa etapa pode adicionar pontos extras à nota final.

Como é um cargo de muita responsabilidade, os candidatos também precisam passar pela investigação social e exame psicotécnico, os quais verificam a idoneidade moral e a aptidão psicológica do candidato para o cargo.

O que esperar da prova dissertativa?

A prova dissertativa em concursos para procurador é uma etapa que avalia a capacidade do candidato de redigir textos jurídicos com clareza, coerência e profundidade. Geralmente, essa prova inclui a elaboração de peças processuais, pareceres ou respostas a questões teóricas e práticas.

Os temas abordados costumam refletir situações reais enfrentadas por procuradores, como a defesa de interesses públicos em ações judiciais ou a emissão de pareceres sobre questões administrativas. É comum que a prova exija conhecimento detalhado de Direito Constitucional, Administrativo, Tributário e Processual Civil.

Além do conhecimento técnico, a prova dissertativa avalia a habilidade de argumentação e a capacidade de estruturar o raciocínio de forma lógica e persuasiva. A clareza na exposição das ideias e a correção gramatical também são critérios importantes.

Então, para se preparar, é preciso focar em praticar a redação de peças e pareceres, estudar modelos de provas anteriores e manter-se atualizado com a jurisprudência dos tribunais superiores.

Como se preparar para a prova oral do concurso para procurador?

Preparar-se para a prova oral em concursos de procurador exige uma combinação de conhecimento jurídico, habilidades de comunicação e controle emocional. Assim sendo, veja algumas dicas úteis:

  • Conheça o edital: Leia atentamente o edital do concurso para entender os critérios de avaliação, as matérias cobradas e a estrutura da prova oral. Afinal, saber o que esperar ajuda a direcionar seus estudos;
  • Estude o conteúdo: Revise as principais matérias, como Direito Constitucional, Administrativo, Tributário e Processual Civil. Foque em temas recorrentes e atualize-se com a jurisprudência dos tribunais superiores;
  • Pratique a oratória: Treine sua capacidade de falar em público. Faça simulações de perguntas e respostas, preferencialmente com colegas ou mentores que possam fornecer feedback construtivo. Aliás, uma dica é gravar suas respostas para avaliar sua clareza e coerência;
  • Controle emocional: Desenvolva técnicas de controle do nervosismo, como exercícios de respiração e meditação. Manter a calma ajuda a pensar com clareza e responder de forma articulada;
  • Postura e apresentação: Cuide da sua postura e aparência. Vista-se de forma adequada e mantenha uma postura confiante durante a prova. A linguagem corporal positiva pode influenciar a percepção dos examinadores;
  • Conheça a banca examinadora: Pesquise sobre os membros da banca e suas áreas de atuação. Isso pode ajudar a prever possíveis perguntas e a direcionar suas respostas de forma mais precisa;
  • Simulados: Participe de simulados específicos para a prova oral. Eles ajudam a familiarizar-se com o formato da prova e a melhorar seu desempenho sob pressão.

Como revisar o conteúdo de forma eficaz?

Revisar o conteúdo é muito importante para consolidar o conhecimento e garantir um bom desempenho nos concursos para procurador. Muitas pessoas aplicam os conhecimentos teóricos resolvendo questões logo que terminam um capítulo do livro, por exemplo. Porém, isso não é suficiente, pois tendemos a esquecer o que aprendemos após alguns dias. Assim sendo, revisar é preciso para não sofrer com aquele famoso “branco” no dia do concurso.

Para evitar que isso aconteça, utilize a técnica de revisão espaçada, revisando o conteúdo em intervalos regulares. Por exemplo, revise o material um dia após o estudo inicial, depois uma semana e, em seguida, um mês. Isso ajuda a transferir a informação da memória de curto prazo para a de longo prazo.

Crie também mapas mentais para organizar e visualizar as informações de forma clara e concisa. Aliás, essa técnica é ainda mais útil para matérias como Direito Constitucional e Administrativo, onde é importante entender a interconexão entre os conceitos.

Faça resumos e flashcards de estudo com os pontos principais de cada matéria. Resumos ajudam a sintetizar o conteúdo, enquanto flashcards podem ser usados para revisões rápidas antes da prova.

Resolva questões de concursos anteriores para identificar padrões e focar nos temas mais recorrentes. Isso também ajuda a familiarizar-se com o estilo das bancas organizadoras, como Cebraspe, FCC e FGV.

Seja proativo na revisão

Participar de grupos de estudo pode ser muito benéfico. Discutir os temas com colegas ajuda a reforçar o conhecimento e a esclarecer dúvidas. Também realize simulados regularmente para testar seu conhecimento e melhorar a gestão do tempo durante a prova. Sem contar que simulados ajudam a identificar áreas que precisam de mais atenção.

Em vez de apenas reler o material, faça perguntas a si mesmo sobre o conteúdo e tente explicar os conceitos em voz alta. Isso ativa diferentes áreas do cérebro e melhora a retenção.

Quanto tempo leva para conseguir passar em um concurso para procurador?

O tempo necessário para se tornar um procurador pode variar bastante, dependendo de vários fatores, como a dedicação aos estudos, a experiência prévia e a concorrência do concurso. Em média, o processo pode levar de 4 a 8 anos após a graduação em Direito, veja:

  • Graduação em Direito: O primeiro passo é concluir o curso de Direito, que geralmente dura 5 anos;
  • Inscrição na OAB: Após a graduação, é necessário passar no exame da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o que pode levar alguns meses de preparação;
  • Experiência jurídica: Muitos concursos exigem um período mínimo de prática jurídica, que pode variar de 2 a 3 anos. Esse tempo pode ser cumprido trabalhando como advogado, assessor jurídico ou em outras funções relacionadas;
  • Preparação para o concurso: A preparação para o concurso de procurador é intensa e pode levar de 1 a 3 anos de estudo dedicado. Isso inclui a leitura de doutrina, legislação, jurisprudência, além da resolução de questões e simulados;
  • Etapas do concurso: O concurso em si pode levar vários meses, desde a inscrição até a homologação do resultado final. Afinal, como já vimos, as etapas incluem provas objetivas, discursivas, orais e avaliação de títulos.

Portanto, considerando todos esses fatores, o tempo total para se tornar um procurador pode variar entre 8 a 12 anos, desde o início da graduação até a posse no cargo. Lembrando que encurtar esse tempo depende muito do seu empenho e dedicação.

Portanto, agora que você já sabe tudo sobre como estudar para concurso para procurador, coloque essas dicas em prática e aumente suas chances de aprovação!

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