O Brasil é rico culturalmente, principalmente em relação à musicalidade e arte em geral. Existem diversos estilos e ritmos que atendem as necessidades e desejos de cada indivíduo e de seus grupos sociais separadamente. Há estilos e ritmos que crescem tanto em uma determinada época que acabam se tornando movimentos musicais adotados por muitas pessoas. E um desses movimentos é o Clube da Esquina.
Há diversidades que agregam a cultura de cada canto do mundo, enriquecendo ainda mais o país. Cada estado brasileiro possui grandes nomes da música. Um estado que proporciona uma boa mistura e já lançou diversos artistas é Minas Gerais. Dessa forma, hoje temos o prazer de contar um pouco sobre a história de um movimento musical que surgiu na capital mineira, o Clube da Esquina.
Se você é fã do Clube da Esquina e deseja conhecer mais sobre a trajetória dos músicos que fizeram parte dele, então não deixe de ler esse artigo.
O Clube da Esquina:
Este movimento surgiu no início dos anos 60 em Belo Horizonte, Minas Gerais. Isso acontecer quando diversos jovens artistas passaram a se reunir nas esquinas da capital para tocar e cantar, misturando ritmos como bossa nova, jazz, rock, dentre outros. Assim, surgiu o tão conhecido Clube.
Na década de 70, este grupo tornou-se referência da música popular brasileira, influenciando diversos novos compositores devido performance musical de cada participante e a mistura de estilos que capturou a cultura de vários cantos do mundo.
O surgimento do clube:
O Clube da Esquina surgiu quando Milton Nascimento, nascido no Rio de Janeiro, conhecido também como Bituca, e os irmãos Borges (Marilton, Márcio e Lô) ficaram amigos. Isso aconteceu após Milton sair de Três Pontas (cidade do interior de Minas), onde viva com a família e tocava na banda W’s Boys com o pianista Wagner Tiso, e chegar à capital em busca de trabalho e estudo. Ao chegar a Belo Horizonte, ele passou a fazer apresentações junto com Marilton na noite mineira, fazendo participação no grupo Evolusamba.
Com o tempo, seu nome se destacou devido a sua genialidade musical e composições requintadas. Além disso, ele conquistou o prêmio no Festival da Música Popular Brasileira. Depois da premiação, Milton caiu na estrada e logo teve sua música “Canção do Sal” gravada pela, até então novata, Elis Regina.
Após o pequeno grupo tornar-se mais conhecido e pelo destaque de Bituca, outros nomes se juntaram ao movimento. Assim, chegaram Flávio Venturini, Vermelho, Tavinho Moura, Toninho Horta, Beto Guedes e o letrista Fernando Brant, trazendo influência do rock n’roll.
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Origem do nome:
Existem dois motivos para que o movimento passasse a ser chamado de Clube da Esquina. A primeira é referente à ideia de Márcio, já que sempre que sua mãe perguntava sobre os filhos a resposta era (Estão lá na esquina, cantando e tocando violão). Já a segunda está relacionada ao fato de que quando um amigo de classe social mais elevada os convidou a irem a um clube frequentado pela sociedade mais abastada da cidade. Sem dinheiro para frequentar este tipo de lugar, a resposta foi “Nosso clube é na esquina”.
Em 1972 o grupo gravou o primeiro disco pela gravadora EMI intitulado de “Clube da Esquina”. Devido à mistura sonora acrescentando diversos ritmos às melodias brasileiras, alguns críticos sofisticados, especialmente os de jazz, considerava este movimento superior ao Tropicalismo em relação à qualidade musical nacional e internacional, mesmo que movimento baiano-paulista tenha dito mais abertura por parte da mídia.
Discos lançados:
O primeiro disco do grupo foi lançado em 1972 com influência às odisseias dos mineiros. O objetivo dos cantores era agregar mais valor cultural ao mundo e, assim, mudá-lo.
Já o segundo disco saiu em 1978. Este já está mais voltado para a musicalidade dos integrantes e teve como produtor o Ronaldo Bastos.
Fim do movimento:
Com o tempo, o movimento tornou-se conhecido no cenário musical e devido a projetos paralelos, cada integrante passou a seguir carreira solo. Foi quando surgiu a banda 14 Bis de Flávio Venturini.
Este movimento durou pouco tempo, mas foi suficiente para ser lembrado até nos dias atuais, aprimorando a qualidade sonora do Brasil e influenciando diversos artistas, tanto mineiros quanto de outros estados.
Aliás, o Clube da Esquina é lembrado no mundo todo, já que suas raízes envolvem culturas de todo o planeta.
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