O Egito é um país que guarda muito da história da civilização. As construções da época dos faraós, bem como muitas invenções daquele tempo, ainda impressionam. E para complementar o passeio cultural, novas descobertas podem ser visitadas e conhecidas por quem estiver no país.
Para aqueles que adoram uma viagem cheia de cultura e história, o Egito é o destino ideal. O país localizado no continente africano é famoso pela arquitetura deslumbrante e única que marcou a história da humanidade. O civilização do Antigo Egito impressiona mesmo no tempo atual. A criatividade para realizar construções icônicas, como as pirâmides dos faraós, as pinturas, esculturas e as invenções daquele período moldaram a maneira como outras tantas comunidades passariam a realizar tarefas cotidianas. A maquiagem e a pasta de dente são alguns exemplos de criações que são utilizadas até hoje.
Luxor, a cidade dourada perdida
Tanta riqueza cultural explica a importância e o fascínio que o país exerce. E para acrescentar mais aos roteiros de viagens para o Egito, novas descobertas aconteceram, mostrando que a região ainda possui muito a mostrar ao mundo. Uma das novidades a ser explorada é uma cidade romana completa que está aos poucos sendo escavada. Ela está localizada no local que, no Antigo Egito, era conhecido como Tebas e hoje é chamado de Luxor. A cidade recém-descoberta está próxima ao Templo de Luxor e conta com oficinas, casas de banho e residências.
De acordo com o Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito, esta seria a mais antiga e importante cidade na região leste de Luxor. A descoberta seria parte de Tiba, um centro religioso dedicado ao deus Min, que teve grande importância no Antigo Egito. Nas escavações recentes, realizadas pela missão arqueológica egípcia, foram encontrados diversos objetos como ânforas de água e moedas romanas.
A cidade teria vivido seu apogeu por volta dos séculos II e III depois de Cristo. Nas escavações, que seguem revelando mais sobre a cidade, também foram descobertos dois pombais, além das oficinas de metalurgia e fundição. Os objetos utilizados nestes locais, bem como aqueles que eram produzidos nestas oficinas também foram encontrados. São jarros, vasos, utensílio de moagem e candeeiros.
Para se ter uma ideia do quanto ainda pode ser revelado em escavações no Egito, em 2021, na região de Luxor, uma “cidade dourada perdida” de 3 mil anos foi descoberta. Recentemente, em 2022, 4 novas tumbas de faraós se tornaram conhecidas, bem como uma múmia de mais de 4 mil anos. Uma das tumbas, localizada a 15 metros de profundidade, guardava uma múmia coberta de ouro. Não é raro localizar tumbas que tenham se mantido intocadas por tantos séculos.
Para coibir a ação de ladrões, era comum que tumbas faraônicas fossem construídas de forma a ficarem escondidas. A explicação para isso é que os reis e rainhas eram enterrados com seus luxuosos pertences, pois acreditava-se que os mortos precisariam deles na vida pós morte. Assim, caso as tumbas fossem facilmente encontradas, poderiam ser violadas e os objetos valiosos seriam levados por criminosos.
Tumba de Tutancâmon
O costume de camuflarem a entrada de tumbas é justamente o que faz com que ainda existam locais a serem descobertos por arqueólogos e equipes de escavação. O túmulo de Tutancâmon, o faraó que ficou muito conhecido após a descoberta de sua tumba, em 1922, é um exemplo disto. A tumba foi a primeira a ser encontrada completamente intocada, permitindo um estudo muito mais aprofundado sobre como eram realizados os preparativos funerários no Antigo Egito, e quais os objetos deveriam estar junto ao faraó, considerados necessários para que ele atravessasse o submundo.
A descoberta teve tanto impacto no mundo, que modificou até mesmo a moda. As fotos revelando tudo o que havia sido encontrado junto à múmia de Tutancâmon inspiraram marcas a incluir motivos egípcios em suas criações, como estampas remetendo a cobras, flor de lótus e pássaros.
O luxo também acompanhou a tendência, uma vez que muitos objetos da tumba eram feitos de ouro, como o sarcófago e a máscara mortuária que estava na múmia do faraó.
Livro dos Mortos
A outra preciosidade que foi recuperada por arqueólogos é um papiro que faria parte do conhecido Livro dos Mortos. A descoberta tem 16 metros e, segundo Mostafa Waziri, secretário-geral do Conselho Supremo de Antiguidades, estava na região de Saqqara, onde ficava a antiga capital egípcia Memphis. Waziri revelou que ao traduzirem o texto do papiro, os arqueólogos perceberam que ele contem trechos do Livro dos Mortos. A última vez que haviam encontrado partes do conhecido Livro dos Mortos foi há mais de 100 anos.
Apesar do nome, o Livro dos Mortos consiste em instruções para funerais, como fazer com que os antigos egípcios atravessassem o submundo e sobre a vida após a morte. Acreditava-se que após a morte, a pessoa ficaria diante de algumas divindades e só poderia deixar o submundo e viver a vida eterna se passasse pelo crivo destes deuses.
Um dos 200 “feitiços” para chegar à vida após a morte dizia respeito à Pesagem do Coração. Segundo as instruções, o coração da pessoa falecida seria pesado à luz para a deusa Maat, da justiça e da verdade. A divindade avaliaria, então, por meio desta pesagem, se o morto fora uma boa pessoa e poderia passar pelo submundo e seguir para a vida eterna.
Vale ressaltar que apesar de ser chamado de livro, o Livro dos Mortos é um conjunto de papiros que foram encontrados separadamente em diversos caixões. Ao todo, são 200 instruções e “feitiços” para auxiliar os mortos a passarem para a outra vida. O papiro encontrado recentemente em Saqqara recebeu o nome de “Papiro de Waziri” e ficará exposto no Museu Egípcio. A relíquia estava praticamente intacta quando foi descoberta.
Para compreender a importância deste novo achado, basta lembrar que a parte mais importante do Livro dos Mortos, encontrada até então, era o papiro de 17 metros, localizado na tumba de Qenna. Ele era um antigo comerciante que provavelmente viveu no início do reinado de Ramsés I. Sua tumba, juntamente com o papiro, estavam enterrados em Luxor.
No texto do Livro dos Mortos de Qenna, que deve ser lido da direita para a esquerda, há feitiços e instruções de adoração aos deuses, bem como orientações de como atravessar o Lago de Fogo e enfrentar o tribunal divino. Assim como no Livro dos Mortos encontrado em Saqqara, o de Qenna fala da Pesagem do Coração e explica que o coração dos bons não deveria pesar mais do que a pena de um avestruz.
No papiro constam ainda feitiços para invocar deuses a ajudarem Qenna pelo submundo e a evitar criaturas más, como 4 crocodilos que poderiam tentar tirar os poderes do comerciante ou a cobra Apep, que era inimiga do deus do sol, Ra.
Planejando sua viagem ao Egito
Templo de Hatshepsut – Imagem: Reprodução
É importante mencionar que o ideal ao viajar ao Egito é planejar seu roteiro, pois há muitos lugares a se visitar. Assim, nenhum ponto turístico e histórico será esquecido. Outra opção é contratar um pacote de viagem. Desta forma suas visitas aos locais mais relevantes terão o acompanhamento de guias que acrescentarão muitas informações sobre aqueles lugares.
Vale ressaltar que algumas visitas a lugares históricos podem durar horas e que, a falta de planejamento do seu passeio pode resultar em desperdício de tempo. Cada local e atração possui o seu horário de atendimento, que deve ser consultado com antecedência pelos turistas, para evitar que estes se desloquem até o lugar desejado e encontrem as portas fechadas.
Como em qualquer passeio, não esqueça de contratar um seguro de viagem, para curtir cada momento sem preocupação com imprevistos, como mala extraviada ou precisar de atendimento médico. Essa dica é válida para todas as viagens que você fizer, pois nunca se sabe quando algo inesperado pode acontecer. Com um seguro de viagem, assim que qualquer situação atípica ocorrer, você já saberá de imediato como agir e solucionar o problema com rapidez.
