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Usuários do Twitter se despedem do Fleets postando “nudes”

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Aqueles que entraram despreparados no Twitter na madrugada de domingo para segunda-feira (02 de julho), se espantaram com a grande quantidade de nudes, fotos sensuais e conteúdo explícito postados nos Fleets.

Os usuários aproveitaram os últimos momentos para dar uma chance à ferramenta, que sempre foi vista como uma cópia barata dos “Stories”, talvez por ser menos integrada com outras mídias.

Na verdade, os Fleets foram uma tentativa do Twitter em fazer frente à Instagram e Facebook, bem como à eminente invasão do TikTok e a febre dos vídeos de curta duração, mas a ideia acabou não pegando.

Entre os motivos para a remoção da ferramenta, a rede social afirmou que não viu um aumento significativo do número de pessoas utilizando o recurso, como era esperado quando ele foi implantado.

Na metade do mês de julho, o Twitter anunciou que realmente iria desativar a função, a partir do dia 03 de agosto, devido à falta de aderência dos usuários. Como resultado disso, os brasileiros decidiram fazer uma despedida de “alto” nível.

Vários nudes artísticos, fotos sensuais e ousadas, e até mesmo conteúdo adulto explícito foram postados durante toda a madrugada, em um movimento que agradou alguns, e outros, nem tanto.

 

Na verdade, a ferramenta nunca tinha sido tão utilizada até então, sendo que todas as publicações mais picantes, levaram o termo Fleets a encabeçar os trending topics do Twitter na noite de domingo e madrugada de segunda-feira.

Outro termo que ficou bastante em evidência, foi “Xvideos“, com várias pessoas comentando que a rede social havia se transformado em um tipo de site pornográfico.

Entretanto, vários artistas, modelos e influenciadores digitais, conseguiram aproveitar todo o engajamento do público, para fazer algum tipo de campanha, ou apenas para divulgar seu trabalho.

Marina Ruy Barbosa, Bruno Gagliasso, Gregório Duvivier e Linn da Quebrada, levaram a brincadeira a sério, e postaram fotos bastante sensuais.

A atriz Fernanda Paes Leme e a comediante Ingrid Guimarães também não perderam a oportunidade de conferir e comentar sobre a enorme quantidade de fotos e vídeos picantes:

A maior parte dos usuários, na verdade declarou que era a primeira vez que utilizava a ferramenta, por nem saber direito sobre o que se tratava, ou mesmo que ela existia.

Segundo o diretor acadêmico da Digital House Brasil, Prof. Edney Souza, a explicação para a falta de engajamento dos Fleets até aqui, é bem simples:

“O Twitter replicou um formato de outras redes sociais, mas não fez um esforço de educar o usuário para usar os Fleets… Faltou estratégia da parte da empresa. Se houve, foi mal executada. E, sem adoção, faz sentido descontinuar.”

O Twitter tornou-se questionado nos últimos anos por propagar publicações consideradas abusivas, além comentários ofensivos de haters anônimos, afastando alguns usuários que ficaram com medo da exposição.

Vale lembrar também, que a rede social possui um longo histórico de receber conteúdo adulto, que conta até mesmo com hashtags e competições do tipo “Pinto Awards” e eventos online como o “Lingerie Day”.

Os Fleets duraram pouquíssimo tempo, com a ferramenta lançada mundialmente em novembro de 2020, com o intuito de incentivar os usuários a aumentar seu engajamento na plataforma.

Entretanto, o Brasil recebeu a novidade bem antes do resto do mundo, sendo que os usuários daqui foram escolhidos para testar o recurso ainda em março de 2020.

A razão disso é que o país é conhecido lá fora por ser altamente engajado nas redes sociais, representando um cenário perfeito para que as empresas testem suas novas ferramentas.

No anúncio que fez no mês passado sobre a desativação dos Fleets, a empresa declarou que está trabalhando em novos recursos e aprimoramentos, que por sinal, já estão em fase de desenvolvimento para o aplicativo.

Iniciando suas atividades em julho 2006, o Twitter foi criado por Jack Dorsey, Noah Glass, Biz Stone e Evan Williams, se tornando rapidamente uma das redes sociais mais populares e importantes do planeta.

A ideia inicial dos fundadores era que a plataforma fosse um tipo de “SMS da internet”, com limitação de 140 caracteres, que conectaria pessoas através de postagens parecidas com as mensagens de celular.

Com o crescimento em sua popularidade, o Twitter aumentou o número de caracteres para 280 e passou a aceitar outros tipos de mídia, além de receber diversas atualizações e versões para sistemas operacionais mobile.

Em 2014, o Twitter passou por uma grande reformulação, ficando mais bem moderno, onde a opção “conectar” seria extinta e daria lugar às notificações. A partir daí, a plataforma ficaria praticamente idêntica ao Facebook.

A rede social se tornou bastante conhecida por sua rapidez e facilidade no crescimento da audiência e engajamento dos usuários, sendo por muitas vezes, o veículo de comunicação preferido por artistas, políticos e influenciadores digitais.

Além disso, os grandes estúdios de cinema, assim como os principais serviços de streaming, se utilizam da agilidade de propagação do Twitter, para promover as notícias e os teasers de suas novas produções.

O aplicativo tem sido constantemente utilizado por grandes empresas para a divulgação de suas marcas, sempre ligando o “consumidor” a uma página onde possa encontrar mais informações sobre o serviço ou produto oferecido.

Em um artigo do The New York Times, a conceituada jornalista Claire Cain Miller afirma que a utilidade mais assertiva do Twitter, seria para as empresas que desejam ouvir seus clientes e oferecer reações imediatas às opiniões.

Em 2019, a rede social divulgou que já concentrava cerca de 330 milhões de usuários ativos no mundo inteiro, com esse número crescendo exponencialmente a cada dia, sendo frequentemente palco para debates e revelações dos mais variados assuntos.

E aí, o que você acha sobre toda essa polêmica dos Fleets no Twitter? Na sua opinião, a ferramenta irá fazer falta? Deixe seu comentário e continue acompanhando nosso conteúdo!

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