O que é Microsoft Copilot? Essa pergunta vem ganhando espaço em fóruns de tecnologia, blogs e, claro, nas buscas do Google. E o interesse não é por acaso, já que estamos falando de um dos movimentos mais ousados da Microsoft nos últimos anos, uma aposta que combina inteligência artificial de ponta, integração profunda com seus produtos e uma clara resposta à ascensão de ferramentas como o ChatGPT.
Lançado oficialmente em 2023, o Copilot surgiu como uma evolução direta da estratégia de IA da empresa, deixando para trás soluções limitadas, como a Cortana, e assumindo o papel de protagonista no ecossistema digital da marca. Ele não é apenas um chatbot ou um “atalho inteligente”, trata-se de um assistente integrado que atua em várias frentes, de buscas online a planilhas complexas, de apresentações criativas a sistemas operacionais inteiros.
Mais do que uma ferramenta, o Microsoft Copilot é um parceiro de trabalho. Ele reduz o tempo que você gasta em tarefas manuais, sugere novos caminhos e até ajuda a organizar ideias. E essa fusão entre produtividade e criatividade faz dele uma peça central na visão de futuro da Microsoft.
Sendo assim, a seguir vamos analisar a trajetória do Copilot, sua origem, evolução, versões, recursos e desafios. Tudo para entender não só o que ele é hoje, mas também o que promete para os próximos anos. Vamos lá?
O que é Microsoft Copilot?
Microsoft Copilot é um assistente virtual que usa IA para ajudar o dia a dia de quem trabalha com apps da Microsoft. Em vez de só dar dicas, ele gera texto, cria planilhas, resume docs e até sugere código, tudo isso com base nos modelos da OpenAI, como o GPT-4, mas turbinado pelos dados e recursos da própria Microsoft.
Na prática, o Copilot se conecta ao Word, Excel, PowerPoint, Outlook, Teams e até ao próprio Windows. Você pode pedir que ele monte uma pauta, resuma um e-mail ou até crie uma apresentação do zero, é quase como ter um colega “multitarefa” sempre pronto.
O que faz dele algo único é a fusão da IA generativa com o ecossistema Microsoft 365. Dessa forma, não é só um chatbot, é um suporte direto para quem lida com planilhas, relatórios e reuniões. Pense nele como um copiloto no sentido literal, você continua no comando, mas ele ajuda a guiar o voo.
Como surgiu o Microsoft Copilot e quando foi lançado?
O Microsoft Copilot nasceu em 2023, no auge da corrida pela IA generativa. A Microsoft já vinha testando recursos com base em IA no Bing Chat, que foi lançado no início daquele ano. Mas logo ficou claro que o caminho era integrar essa tecnologia direto nos aplicativos mais populares do mundo corporativo.
O anúncio oficial ocorreu em março de 2023, quando a empresa apresentou o Copilot para o Microsoft 365. A ideia era clara: transformar tarefas antes repetitivas em processos mais ágeis, com o suporte de um modelo de linguagem avançado.
Pouco tempo depois, o Copilot se expandiu para o Windows 11, para o navegador Edge e para o Bing, consolidando-se como uma das maiores apostas da empresa. Não foi apenas mais um produto, mas uma estratégia global, fazer da IA um pilar central da experiência Microsoft.
Esse “nascimento” rápido mostra como a empresa soube aproveitar o hype em torno do ChatGPT, mas com foco em produtividade real.
Quem desenvolveu o Microsoft Copilot e quem é o seu proprietário?
O Microsoft Copilot foi criado pela própria Microsoft, em parceria direta com a OpenAI. A empresa de Redmond é a dona da marca e a responsável por integrar o recurso em seus produtos. Já a OpenAI fornece os modelos de linguagem, como o GPT-4, que dão vida às funções de geração de texto e análise.
Na prática, o Copilot é um híbrido, a “carcaça” e a interface são da Microsoft, mas o “cérebro” por trás do assistente vem do motor da OpenAI. Essa parceria não é casual, já que a Microsoft é a principal investidora da OpenAI e detém direitos exclusivos de licenciamento dos modelos de linguagem para uso comercial em escala.
Assim, o Copilot é um produto 100% da Microsoft, mas construído sobre uma base de IA que vem de fora. E essa união de forças permite que a empresa lance recursos de ponta sem ter que criar sozinha cada detalhe do modelo.
É, no fim das contas, uma mistura de tecnologia própria e terceirizada, com a Microsoft no controle da direção.
Como o Copilot evoluiu desde o Bing Chat até sua consolidação?
O caminho do Copilot começou com o Bing Chat, em fevereiro de 2023. Na época, a Microsoft integrou a IA ao buscador como uma resposta direta ao sucesso estrondoso do ChatGPT. O recurso permitia fazer buscas mais naturais, receber respostas em tom humano e até gerar imagens.
O passo seguinte foi claro, ou seja, se a IA podia ajudar nas buscas, também poderia melhorar a rotina de trabalho, e foi assim que o Copilot passou a ser testado no Word, Excel, PowerPoint e Teams. De simples chatbot, ele virou uma ferramenta prática para gerar texto, gráficos, resumos e até fórmulas complexas em planilhas.
Com o tempo, a Microsoft deixou de tratar o Copilot como um “extra” e passou a vendê-lo como peça central de sua estratégia. Ele se espalhou para o Windows 11, ganhou versão Pro e, em 2024, passou a receber atualizações constantes, como o modo Recall.
Quais versões do Microsoft Copilot existem?
Atualmente, o Microsoft Copilot está disponível em diferentes versões, pensadas para públicos distintos. Porém, a mais conhecida é o Copilot no Microsoft 365, que integra os principais aplicativos de escritório, como Word, Excel, PowerPoint e Outlook. Essa é para empresas e usuários que trabalham muito com documentos.
Existe também o Copilot no Windows 11, integrado ao sistema operacional. Ele aparece como um painel lateral e ajuda em tarefas como buscas, ajustes de sistema ou até resumos de textos que você está lendo.
No navegador Edge e no Bing, o Copilot atua como um chat inteligente, respondendo perguntas, resumindo sites e até gerando imagens com DALL·E. Além disso, há o Copilot Pro, versão premium com acesso mais rápido a modelos avançados, e o GitHub Copilot, voltado para programadores.
Cada versão tem suas próprias funções, mas todas compartilham a mesma base, ou seja, tornar a IA um parceiro direto nas tarefas do dia a dia.
O que é Microsoft Copilot para Microsoft 365?
Microsoft Copilot para Microsoft 365 é a versão que mais mexe com a rotina de quem vive dentro dos aplicativos de escritório. Ele se conecta ao Word, Excel, PowerPoint, Outlook e Teams, trazendo funções de IA direto para esses programas. É como se cada app tivesse agora um assistente pronto para resumir textos, criar gráficos, sugerir respostas a e-mails ou até gerar uma apresentação inteira só a partir de um prompt.
No Word, por exemplo, ele pode redigir um rascunho de contrato. No Excel, transformar dados soltos em tabelas bem organizadas. No PowerPoint, gerar slides com design pronto. E no Teams, fazer atas automáticas de reuniões, poupando o esforço de anotar tudo.
O charme do Copilot no 365 é que ele não age “no vazio”, ele trabalha sobre os dados e documentos que o usuário já possui no ambiente corporativo. Isso torna as respostas mais úteis e menos genéricas. Sendo assim, é a versão do Copilot que mira na produtividade de escritórios e empresas, com impacto direto no fluxo de trabalho diário.
O que é Microsoft Copilot no Windows 11?
Microsoft Copilot no Windows 11 é a cara mais “doméstica” e integrada do assistente. Ele aparece como um painel lateral dentro do sistema operacional, sempre pronto para ajudar. Dessa forma, o usuário pode chamá-lo por atalho de teclado ou pelo ícone fixo na barra de tarefas.
Dentro do Windows, o Copilot não se limita a responder perguntas, ele também ajusta configurações. É possível pedir para ativar o modo escuro, alterar o volume ou reorganizar janelas, tudo com comandos simples em linguagem natural.
Outra função prática é o resumo de textos ou artigos exibidos na tela, sem que o usuário precise copiar e colar nada. Ele também ajuda em pesquisas rápidas, integração com aplicativos e até na geração de ideias criativas.
Essa versão é voltada para quem passa o dia no PC e precisa de suporte direto do sistema. É quase como se o Windows tivesse ganhado uma nova camada de inteligência, sempre ativa e menos intrusiva que a antiga Cortana.
O que é Microsoft Copilot no Edge e Bing?
Microsoft Copilot no Edge e no Bing atua como um parceiro de navegação. Dentro do navegador Edge, ele fica na barra lateral, pronto para resumir páginas, comparar preços de produtos, sugerir roteiros de viagem ou até gerar imagens via DALL·E. É como ter um guia que entende a web em tempo real.
No Bing, o Copilot aparece como um chat interativo. O usuário digita perguntas, e em vez de receber apenas links, ganha respostas estruturadas, claras e muitas vezes acompanhadas de fontes. Dá para pedir análises, listas e até instruções passo a passo.
O grande diferencial aqui é a junção entre busca tradicional e IA. O Copilot não substitui o motor de busca, mas amplia o valor da pesquisa, o que dá ao usuário não só informação, mas contexto e ação imediata.
No fundo, o Copilot no Edge e no Bing é a porta de entrada para quem ainda não usa Microsoft 365 ou Windows 11, mas já quer sentir o impacto da IA no dia a dia online.
Quais são as principais funcionalidades do Microsoft Copilot?
As funções do Microsoft Copilot variam conforme a versão, mas há um núcleo comum que define sua proposta. Confira:
- A primeira é a geração de texto, em que é possível criar rascunhos de e-mails, relatórios, contratos e até códigos de software, a partir de um simples pedido;
- Outra função é o resumo inteligente, capaz de condensar longos documentos, artigos ou até reuniões inteiras em pontos-chave. Isso reduz drasticamente o tempo gasto com leitura e triagem de informação;
- Há também o lado criativo, com a geração de imagens, sugestões de design para slides, criação de ideias de marketing e até roteiros de vídeo;
- No campo técnico, o Copilot pode automatizar tarefas repetitivas, como preencher planilhas, gerar gráficos e aplicar filtros em dados;
- Ele também ajuda a buscar informações contextuais, seja em um banco de dados corporativo ou na web.
Ou seja, o Copilot é multitarefa, já que escreve, resume, calcula, cria e até interpreta dados. É menos um robô e mais um colega de trabalho que nunca se cansa.
Como o Microsoft Copilot usa inteligência artificial e GPT-4?
O motor do Microsoft Copilot é o GPT-4, modelo de linguagem que a OpenAI criou. Esse modelo recebeu treinamento em uma imensa base de dados, capaz de entender e gerar texto com coerência, clareza e tom quase humano.
No Copilot, o GPT-4 não atua sozinho, ele é combinado com os dados do Microsoft Graph, que conecta e organiza informações do usuário dentro do 365, e-mails, agendas, documentos e reuniões. Assim, o Copilot consegue gerar respostas personalizadas e úteis, em vez de conteúdos genéricos.
Outro ponto é o uso do Azure, a nuvem da Microsoft. É nela que todo esse processamento pesado acontece, garantindo segurança e escalabilidade. Além disso, o Copilot recebe ajustes contínuos para evitar erros e respostas inadequadas, o sistema tenta balancear criatividade com precisão, sempre respeitando as regras de cada aplicativo.
Sendo assim, é possível concluir que o GPT-4 é o “cérebro”, o Graph é a “memória” e o Azure é o “corpo” que dá forma ao Copilot.
Por que o Microsoft Copilot substituiu a Cortana?
A Cortana foi lançada em 2014 como a aposta da Microsoft no mercado de assistentes de voz, competindo com Siri e Alexa, mas, com o tempo, ela se mostrou limitada. O foco estava em comandos simples, como abrir apps, definir lembretes ou responder perguntas básicas. E, para o usuário moderno, isso já não era suficiente.
O Microsoft Copilot surgiu como uma evolução natural. Em vez de só entender comandos curtos, ele consegue lidar com linguagem complexa, criar conteúdo e se integrar a diferentes contextos, desde um e-mail até uma reunião online no Teams. Essa flexibilidade é algo que a Cortana nunca conseguiu entregar.
Além disso, a Cortana acabou ficando “isolada”, enquanto o Copilot se conecta a toda a plataforma Microsoft 365, ao Windows, ao Bing e até a aplicativos de terceiros. A mudança não foi apenas técnica, mas estratégica, uma vez que a Microsoft precisava mostrar ao mercado que estava na frente na corrida da IA.
Assim, em 2023, a empresa confirmou o fim oficial da Cortana, colocando o Copilot no lugar. Para muitos, foi como trocar um carro popular por um modelo de ponta, muito mais preparado para o futuro.
Quais são os planos e preços do Microsoft Copilot?
O Microsoft Copilot não é um produto único, e por isso seus preços variam bastante. Para quem usa o Microsoft 365 em empresas, o Copilot é oferecido como um complemento pago. O valor gira em torno de US$ 30 por usuário/mês, o que pode parecer alto, mas se justifica pela promessa de ganhos de produtividade.
Já o Copilot Pro é para usuários individuais que querem mais poder. Assim, ele custa cerca de US$ 20 por mês, oferecendo acesso aos modelos mais recentes, como o GPT-4 Turbo, além de prioridade de uso mesmo em horários de alta demanda.
No caso do Windows 11 e do navegador Edge, o Copilot básico já está disponível sem custo adicional, embora com recursos mais simples.
Ou seja, há opções para todos os perfis, desde quem só precisa de apoio rápido no sistema até empresas que desejam revolucionar a forma como produzem relatórios e apresentações. Na prática, a Microsoft criou uma escada de preços bem pensada, gratuita para atrair usuários, paga para quem precisa de potência real.
Existe uma versão gratuita do Microsoft Copilot?
Sim, existe uma versão gratuita do Microsoft Copilot, mas com algumas limitações importantes. Quem usa o Windows 11 já tem acesso a uma versão básica do Copilot direto no sistema. O mesmo vale para o navegador Edge e o buscador Bing, onde o assistente pode resumir páginas, responder perguntas ou até gerar imagens simples.
A saber, essa versão gratuita é ideal para curiosos e para quem quer experimentar sem compromisso. No entanto, ela não conta com a mesma profundidade de integração que o Copilot para Microsoft 365 oferece. Ou seja, não adianta esperar que ele redija relatórios com base em arquivos internos da empresa ou crie apresentações completas a partir de documentos privados.
Dessa forma, a estratégia da Microsoft é oferecer uma amostra grátis do poder do Copilot para o usuário comum, mas reservar o “pulo do gato” para quem paga. É uma forma de democratizar o acesso, sem deixar de monetizar.
Então, sim, há como usar o Copilot sem pagar nada, mas quem realmente precisa de performance, integração e personalização vai acabar olhando para as versões pagas.
O que difere o Copilot Pro do Copilot 365?
Apesar do nome parecido, Copilot Pro e Copilot 365 são bem diferentes em proposta e público. O Copilot Pro é para usuários individuais, como freelancers, estudantes ou criadores de conteúdo, que querem acesso rápido e de qualidade à IA. Ele oferece prioridade em filas de processamento, acesso ao GPT-4 Turbo e integração com aplicativos da linha Microsoft, mas em caráter mais limitado.
Já o Copilot 365 é para empresas. Aqui, a integração é profunda, já que ele conecta a IA ao Microsoft Graph, que inclui e-mails, calendários, reuniões e documentos da organização, o que permite respostas mais contextuais, que se alinham ao dia a dia do trabalho corporativo. Além disso, o plano 365 garante controles de segurança, conformidade e privacidade, que são de grande importância em ambientes corporativos.
O preço também reflete essa diferença, já que o Pro custa menos, mas entrega menos integração. O 365 é caro, mas se torna um aliado real para grandes equipes que precisam otimizar processos.
Como o Microsoft Copilot está integrado ao ecossistema Microsoft 365?
A integração do Microsoft Copilot ao ecossistema 365 é o que o torna tão valioso. Ou seja, em vez de funcionar isolado, ele atua como uma camada inteligente sobre todos os apps mais usados no dia a dia do trabalho.
- No Word, ajuda a redigir, revisar e resumir textos;
- No Excel, interpreta dados, cria tabelas e sugere fórmulas complexas;
- No PowerPoint, gera apresentações completas com design pronto;
- Já no Outlook, pode resumir caixas de entrada lotadas e sugerir respostas rápidas;
- No Teams, ele vai ainda mais longe, registra reuniões, gera atas automáticas e até sugere tarefas com base no que foi discutido.
Tudo isso é possível porque o Copilot se conecta ao Microsoft Graph, que organiza as informações do usuário em e-mails, calendários, contatos e documentos. Esse “fio condutor” permite que o assistente entenda o contexto de cada ação, entregando respostas sob medida.
O que é Microsoft Copilot e como ele melhora sua produtividade?
Microsoft Copilot é um assistente de IA que atua como um braço extra para quem trabalha em ambientes digitais. Mas como ele melhora a produtividade? A resposta está no foco, já que ele reduz o tempo que você gasta em tarefas repetitivas e libera espaço mental para o que realmente importa.
Pense em escrever relatórios, em vez de começar do zero, você pede ao Copilot para gerar um rascunho inicial. No Excel, em vez de quebrar a cabeça com fórmulas, ele sugere cálculos prontos e, no Outlook, aquele mar de e-mails pode virar um resumo conciso em segundos. É menos esforço mecânico e mais foco no que precisa de julgamento humano.
Outro ponto é a integração com dados corporativos. O Copilot pode cruzar informações de reuniões, e-mails e arquivos para entregar insights rápidos, algo que levaria horas de análise manual.
Sendo assim, ele melhora a produtividade porque não só “ajuda”, mas se torna um parceiro ativo, capaz de assumir parte do trabalho e acelerar decisões. No fim, é como ganhar mais tempo no dia sem precisar esticar a jornada.
Quais atualizações recentes o Microsoft Copilot recebeu?
O Microsoft Copilot vem recebendo atualizações constantes, o que mostra que a estratégia da empresa é torná-lo cada vez mais central. E uma das mais comentadas foi o Recall, recurso exclusivo do Windows que promete guardar uma memória quase completa de tudo o que o usuário faz no PC, permitindo “voltar no tempo” para resgatar informações passadas.
Outra novidade foi a chegada do Copilot Pro, lançado em 2024, que trouxe acesso ao GPT-4 Turbo e prioridade de processamento. Essa versão expandiu o público, oferecendo recursos avançados não apenas a empresas, mas também a usuários individuais.
No campo da multimodalidade, a Microsoft lançou o Copilot Voice e Vision, permitindo interação por voz e análise de imagens. Assim, o usuário pode mostrar uma foto, um gráfico ou até uma captura de tela e pedir explicações diretas.
Além disso, o Copilot ganhou integração com novos apps e melhorias em segurança, privacidade e controle corporativo. Essas atualizações mostram que a Microsoft não vê o Copilot como um produto fixo, mas como um serviço em evolução contínua, sempre incorporando novos avanços da IA.
O que é Microsoft Copilot Voice e Vision?
O Microsoft Copilot Voice e Vision é a evolução natural do assistente, que deixa de depender apenas de texto. Com o recurso Voice, o usuário pode interagir com o Copilot por comandos de voz, em estilo de conversa fluida. É útil em situações em que digitar não é prático, como em reuniões, apresentações ou até quando se está em movimento.
Já o Vision traz a capacidade multimodal ao Copilot, o que significa que ele pode analisar imagens, gráficos, documentos digitalizados e até capturas de tela. Por exemplo, você pode enviar a foto de uma tabela e pedir que ele gere uma planilha, ou mostrar um gráfico e pedir uma explicação detalhada.
Essa dupla amplia muito o campo de uso. O Copilot deixa de ser apenas um “escritor automático” e se transforma em um assistente multimídia, capaz de lidar com voz, texto e imagem. Na prática, o Voice e Vision aproximam a interação de algo mais natural e humano.
Como funciona o recurso Recall do Microsoft Copilot?
O Recall é um dos recursos mais polêmicos e, ao mesmo tempo, mais inovadores do Copilot. Ele funciona como uma “memória fotográfica” do que acontece no PC. O sistema captura periodicamente imagens da tela e guarda essas informações localmente, permitindo que o usuário pesquise atividades passadas com comandos simples.
Por exemplo, você pode digitar “aquele site de viagem com promoções que vi semana passada” e o Recall localiza o momento exato em que estava aberto. É como ter um histórico ampliado, só que muito mais inteligente.
A tecnologia usa indexação semântica para identificar textos, imagens e até o contexto das telas. Tudo fica armazenado de forma criptografada, e a Microsoft reforça que os dados permanecem sob controle do usuário.
O Recall levanta debates sobre privacidade, mas, em termos de produtividade, é revolucionário. Ele elimina a sensação de “perdi algo importante” e oferece um modo prático de navegar pelo passado digital.
É como se o PC ganhasse memória de longo prazo, o que é útil, mas que exige responsabilidade na forma de uso.
“Think Deeper”: o que é esse modo do Microsoft Copilot?
O modo “Think Deeper” é uma das novidades mais avançadas do Microsoft Copilot, projetada para análises mais complexas. Diferente do modo padrão, que busca respostas rápidas e diretas, o Think Deeper ativa uma cadeia de raciocínio mais longa, permitindo ao assistente trabalhar com maior profundidade.
Na prática, ele serve para casos em que o usuário precisa de relatórios detalhados, comparações entre múltiplas fontes de dados ou planos estratégicos bem elaborados. Por exemplo, em vez de apenas listar prós e contras de uma decisão, o Copilot pode traçar cenários, avaliar riscos e até sugerir passos práticos.
Esse modo exige mais tempo de processamento, mas o resultado é um conteúdo mais rico e sofisticado. É como pedir a um colega para não apenas dar uma resposta rápida, mas pensar junto de verdade.
A Microsoft criou o recurso para atender a profissionais que precisam de mais do que simples resumos. Ele mostra que o Copilot não é só uma ferramenta de atalho, mas pode ser também um parceiro para reflexões mais densas e estratégicas.
Que papel o GitHub Copilot teve na evolução do Microsoft Copilot?
O GitHub Copilot foi, sem dúvida, a primeira grande vitrine da Microsoft para mostrar do que a IA generativa poderia fazer em escala prática. Lançado em 2021, em parceria com a OpenAI, ele se tornou um “colega de programação”, sugerindo linhas de código, completando funções e até explicando trechos complexos.
Esse experimento mostrou que não só era viável usar IA para apoiar o trabalho humano, como também era desejado. O sucesso foi imediato, milhões de devs adotaram o GitHub Copilot, e o produto ganhou status de ferramenta quase essencial em vários times de tecnologia.
Para a Microsoft, o impacto foi duplo. Primeiro, provou que a IA podia se aplicar em tarefas de alto valor, como desenvolvimento de software. Segundo, funcionou como um laboratório de testes, ajudando a empresa a entender como usuários lidam com uma IA ativa no dia a dia.
O que se aprendeu com o GitHub Copilot serviu de base para expandir a ideia para o restante do ecossistema. E, em outras palavras, sem o “irmão mais velho” GitHub Copilot, talvez o Microsoft Copilot não tivesse nascido tão rápido ou tão robusto.
Quais são os principais desafios e críticas ao Microsoft Copilot?
Apesar de todo o brilho, o Microsoft Copilot enfrenta críticas e desafios que não podemos ignorar. O primeiro é a precisão, já que embora o GPT-4 seja avançado, ele ainda pode gerar erros ou interpretações equivocadas, ainda mais em contextos técnicos ou jurídicos e, para empresas, qualquer erro pode ter alto custo.
Outro ponto sensível é a privacidade. Recursos como o Recall levantaram discussões acaloradas sobre até onde a Microsoft deveria ir na coleta e armazenamento de dados. Mesmo com criptografia e controles locais, muitos veem risco em manter registros tão detalhados do uso do PC.
Há também a questão do custo, pois, com planos pagos que chegam a US$ 30 por usuário/mês, não são todas as empresas que podem ou querem investir. E, para usuários individuais, o preço pode parecer salgado para um serviço ainda em maturação.
Por fim, existe o desafio cultural. Muitos profissionais ainda desconfiam de deixar a IA assumir parte do trabalho, seja por medo de substituição, seja por falta de confiança nos resultados.
O que dizem os usuários sobre o Microsoft Copilot?
As opiniões dos usuários sobre o Microsoft Copilot são diferentes, mas seguem um padrão interessante. Muitos destacam o ganho de tempo, uma vez que tarefas que antes levavam horas podem ser feitas em minutos, principalmente em relatórios e planilhas. Para esse público, o Copilot já se tornou quase indispensável.
Outros elogiam a integração com o Microsoft 365, que dá a sensação de que a IA entende o contexto do trabalho. E essa percepção aumenta a confiança no assistente e cria engajamento maior.
Mas também há críticas. Usuários relatam momentos em que o Copilot entrega respostas genéricas, ou “inventa” informações, fenômeno conhecido como alucinação da IA. Há também queixas sobre limitações na versão gratuita, vista por alguns como uma “isca” para migrar para planos pagos.
No geral, a visão é que o Copilot ainda está em evolução. É poderoso, mas não infalível. Muitos o tratam como um aliado útil, mas que precisa ser supervisionado, algo como um estagiário muito rápido e cheio de ideias, mas que ainda precisa de revisão.
O que esperar do futuro do Microsoft Copilot?
O futuro do Microsoft Copilot aponta para um caminho claro, com mais integração, mais personalização e mais poder multimodal. Assim, a tendência é que ele se torne cada vez mais presente em todos os pontos do ecossistema Microsoft, do sistema operacional ao pacote de produtividade.
Um avanço esperado é o uso maior de IA multimodal, combinando texto, voz, imagem e até vídeo em tempo real. Isso significa que, em breve, poderá analisar uma reunião gravada em vídeo e entregar não apenas uma ata, mas também gráficos sobre sentimentos ou padrões de fala.
Outra expectativa é a redução de custos. Hoje, os planos pagos são caros, mas, conforme a tecnologia amadurecer e escalar, é provável que preços se tornem mais acessíveis.
Também há a previsão de integração com mais ferramentas externas, ampliando o alcance para além do ambiente Microsoft. Imagine o Copilot atuando direto em CRMs, ERPs ou apps de mercado.
Como começar a usar o Microsoft Copilot hoje mesmo?
Começar a usar o Microsoft Copilot depende do perfil de cada usuário. Quem já tem o Windows 11 pode acessar a versão gratuita direto no sistema, basta clicar no ícone do Copilot na barra de tarefas ou usar o atalho de teclado. No navegador Edge e no Bing, também é simples, é só abrir o painel lateral ou iniciar uma conversa no chat.
Para quem busca a versão mais robusta, o caminho é o Copilot no Microsoft 365. Empresas podem contratar o complemento por meio do portal da Microsoft, habilitando a IA em apps como Word, Excel, PowerPoint e Teams. Usuários individuais podem optar pelo Copilot Pro, com assinatura mensal, que oferece acesso ao GPT-4 Turbo e prioridade no uso.
No entanto, em todos os casos, o processo é bastante simples. Afinal, a Microsoft facilita a ativação e oferece tutoriais práticos para explorar as funções.
Ou seja, não é preciso ser especialista em tecnologia para começar. Em poucos cliques, já é possível experimentar o poder do Copilot, seja de graça, em versão básica, ou por assinatura, com todos os recursos avançados. Até a próxima!