A inclusão digital não é mais uma previsão futurista. Há alguns anos, já não é difícil encontrar pessoas conectadas, integrando redes sociais ou se matriculando em faculdades e cursos à distância. Até mesmo em cidades remotas, a internet tem sido levada através de iniciativas como o Projeto Loon, do Google, em que um pequeno balão leva conectividade para qualquer parte do mundo. No entanto, a internet das coisas promete chegar ainda mais longe, e tornar mais eficiente a vida de qualquer indivíduo com um dispositivo conectado.
Mesmo tendo sido criado em 1999, pelo pesquisador Kevin Ashton, do renomado Massachussets Institute of Technology (MIT), o termo internet das coisas (IoT) tem ganhado força nos últimos anos, e promete ser uma tendência promissora para a área de tecnologia.
Não é difícil encontrar eletrodomésticos, bancos e meios de transporte conectados a computadores e smartphones, mas estima-se que essa tendência ainda movimente mais de 300 bilhões de dólares, somente no Brasil, até 2022. Até esse período, o mundo terá mais de 4 bilhões de dispositivos conectados entre si. Listamos cinco situações (reais) em que a internet das coisas poderá facilitar a sua vida em apenas um clique.
Computadores “vestíveis”
Uma das previsões da internet das coisas é que as pessoas poderão vestir roupas e acessórios virtuais. Essa realidade parece ser mais uma das previsões de um futuro bem distante, mas empresas como o Google já vem investindo em formas de conectar computadores e usuários de uma forma mais direta.
Um dos principais exemplos é o Google Glass, um óculos de realidade aumentada com aparência e tamanho de um óculos normal, mas com a capacidade de se conectar à internet, acessar redes sociais, mandar mensagens, ouvir músicas e tirar fotos de 5MP. A Apple também está apostando na tecnologia com o novo Apple Watch, um relógio que pode realizar pagamentos, medir distâncias percorridas pelo usuário e acessar diversos aplicativos.
Casas inteligentes
A atuação da internet das coisas interligando eletrodomésticos e sistemas de iluminação de residências já não é uma novidade. Dentre os principais exemplos estão lâmpadas e portas com sensores de movimento, geladeiras que se conectam à internet e indicam receitas e televisores que podem ser conectados aos computadores.
O que se espera para o futuro é que todos os dispositivos, mesmo de marcas e fabricantes diferentes, possam se conectar entre si, ou até mesmo com a rede elétrica, e realizar as mais distintas funções. Com isso será mais difícil queimar o bolo no forno, esquecer a porta da geladeira aberta ou descobrir que esqueceu de comprar papel higiênico.
Veículos interligados
De uma maneira geral, os veículos já estão conectados à internet das coisas. Seja com programas de GPS, celulares ligados a programas como Waze ou Easy Taxi, além da própria parte mecânica já ser monitorada e ativada através de comandos digitais.
No entanto, a internet das coisas promete interligar os veículos entre si. A ideia é que os carros mandem informações para outros na mesma via, com alertas sobre melhores rotas, engarrafamentos e velocidade a fim de evitar acidentes, diminuir o número de infrações e otimizar o trânsito.
A Ford e a Intel também já estão desenvolvendo um protótipo, chamado de Mobii, que fará o reconhecimento do motorista através de uma câmera interna, com o intuito de evitar roubos e facilitar o cotidiano desse condutor, com sugestões de rotas, músicas e dicas de direção.
Tecnologia estampada na pele
Você já se imaginou exibindo o novo Iphone 6 ou um tablet tatuados no braço? Graças ao Project UnderSkin, isso será uma realidade dentro de alguns anos. A ideia é que usuários ganhem uma “tatuagem eletrônica”, também chamada de e-tattoo, que se comunicará com aparelhos eletrônicos e poderá servir como chave para portas de automóveis ou residências, enviar arquivos, e-mails, mensagens e realizar ligações, através de gestos do usuário.
Outras iniciativas semelhantes como o Cicret Bracelet poderão reproduzir as telas de smartphones e tablets, com capacidades de 16GB e 32GB, na pele dos usuários, através de conexão via Bluetooth ou WI-FI. O projeto já estava em fase de desenvolvimento e acionará o botão de ligar ou desligar apenas com um movimento de braço.
Robôs escritores
De acordo com a empresa Narrative Science, escritores, redatores e blogueiros poderão ficar sem trabalho no futuro graças ao robô Quill, que poderá organizar frases, parágrafos e narrativas, além de não repetir o tema e ser sucinto, utilizando a gramática e regras de ortografia. Mesmo com o caráter inovador, se você for um desses profissionais, essa situação pode ser uma das únicas em que a internet das coisas poderá piorar, e não facilitar, a sua vida.
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